Ex-mulher de Cesare Battisti envia carta para Cármen Lúcia
A correspondência foi obtida pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”
atualizado
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A ex-mulher do italiano Cesare Battisti enviou uma carta à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, fazendo um apelo para que ele não seja extraditado.
A correspondência foi obtida pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S. Paulo”. A professora Priscila Pereira, que tem um filho de quatro anos com Battisti, diz na carta que o ex-marido tem o “direito de continuar exercendo sua paternidade de maneira integral”.
Além disso, afirma que, sozinha, não teria “renda suficiente para arcar” com sua “subsistência e a de uma criança”. “Tenho vivido nesses últimos dias o limite de minha angústia”, declara. Em entrevista à ANSA na semana passada, Battisti disse que não pretende levar sua família para a Itália caso seja extraditado.“Meu filho tem quatro anos, filho de brasileira, portanto, ir para a Itália significaria afastá-lo de sua cultura e de seus afetos. Aliás, é óbvio que na Itália nenhuma pessoa relacionada comigo tem muita segurança ou será bem-vinda”, afirmou o ex-guerrilheiro da milícia Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
O italiano vive no Brasil desde 2004 e foi condenado em seu país por envolvimento em quatro assassinatos ocorridos na década de 1970, mas ele alega perseguição política. Após sua prisão na fronteira com a Bolívia, o governo decidiu extraditá-lo, mas o processo foi suspenso até que o STF julgue um recurso de sua defesa.