Ex-jogadora que agrediu entregador no RJ chega à delegacia para depor
Sandra Mathias foi intimada para depor na última quarta (12/4), mas não compareceu. A ex-jogadora foi flagrada agredindo entregador negro
atualizado
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A ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá compareceu, nesta segunda-feira (17/4), a 15ª DP (Gávea) para prestar depoimento no caso que envolve agressões contra o entregador Max Angelo dos Santos, chicoteado com uma coleira de cachorro.
Ao chegar no prédio da delegacia, a ex-jogadora estava de máscara e óculos escuros e não falou com a imprensa. A mulher estava acompanhada do advogado Roberto Butter. Ele confirmou que vai conversar com os jornalistas na saída, após o depoimento.
Sandra foi intimada para depor na última quarta-feira (12/4), mas não apareceu. A defesa dela apresentou atestado médico, alegando que Sandra estaria machucada. A mulher enfrenta as acusações de injúria racial (com pena de 2 a 5 anos de prisão) e lesão corporal (com pena de detenção de 3 meses a 1 ano) contra Max e outra entregadora.
Para as vítimas, ela também insinuou ter parentesco com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Segundo o entregador, a ex-jogadora disse que por ser prima do político sairia impune dos atos. No entanto, o governo do Rio negou qualquer tipo de relação entre os dois.
Vídeos gravados nas últimas semanas mostraram Sandra chicoteando Max, mordendo uma entregadora e intimidando uma lojista.
Enteda o caso
A ex-jogadora de vôlei e nutricionista Sandra Mathias Correia de Sá agrediu e perseguiu dois entregadores negros no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. O incidente aconteceu no domingo (9/4).
Ela foi flagrada reclamando que os entregadores estavam andando de moto na calçada. Sandra discutiu e, por diversas vezes, ameaçou outra entregadora enquanto segurava a coleira do cachorro. “Tu não está na favela, filha da p*ta. Tu está aqui. Quem paga IPTU aqui sou eu. Espera”, ameaça.
Momentos depois, ela parte para cima de outro entregador e chega a tirar a coleira do cachorro para bater nele, dando uma espécie de chicotada.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, chamou a agressão de “desumanização dos corpos” provocada pelo racismo. Ela acrescentou que a pasta acompanhará o caso e ajudará as autoridades na investigação.