Ex-integrante do Polegar se acidenta em motociata a favor de Bolsonaro
Alan Frank fraturou a coluna. O cantor e médico recebeu alta e se recupera da lesão em casa
atualizado
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São Paulo – O ex-integrante do grupo Polegar Alan Frank foi um dos motociclistas que se acidentou durante a motociata em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no último sábado (12/6). O cantor, que atualmente atua como oftalmologista, fraturou a coluna e foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele teve alta médica e se recupera em casa.
Em entrevista à revista Quem, Alan desabafou: “Custou caro”. O ex-Polegar participou de um café da manhã com Bolsonaro, antes da motociata. Embora não tenha afirmado que seguiu o agrupamento de motos, foi em meio ao evento que ele acabou sendo atropelado.
“Na hora da saída, tinha um monte de gente, e aí, no começo da Rodovia dos Bandeirantes, tinha um motociclista com uma mulher na garupa na minha frente. Ele se desequilibrou. Vi que ele ia cair e fui reduzindo a velocidade”, explicou Alan.
Contudo, a manobra não adiantou. O motociclista caiu à frente do oftalmologista. Ele chegou a desviar, mas foi atingido por outra moto.
“Já estava quase passando quando outra moto bateu em uma das rodas da moto caída no chão, fazendo com que a outra roda dela batesse na minha motocicleta. Aí, eu caí”, contou.
Com a queda, Alan acabou sendo atropelado por um outro motociclista. “Ela [a moto] bateu com a roda nas minhas costas e uma outra ainda bateu de raspão”, diz.
“Muita dor”
Embora tivesse consciência de que não deveria se levantar, o ex-Polegar conta que se manter deitado no chão era muito arriscado. “Eu me levantei. Até deveria ter ficado deitado, agi errado. Mas era muita gente e tinha um grande risco (se ficasse deitado)”, afirmou.
“Eu sentia muita dor e não conseguia levantar a moto. Um rapaz me ajudou e tentei voltar pelo primeiro retorno, que estava interditado. Fui até o segundo, mais para frente (na rodovia). Fui para casa, deixei a moto na garagem, peguei o carro e fui para o hospital”, relata Alan.
Ele não imaginava que poderia ter fraturado a coluna. Pensou que havia acontecido algo com rim, uma vez que a região do órgão ficou muito roxa.
“É um local problemático, que você corre o risco de ter sequelas, de ficar paraplégico. Mas, graças a Deus, dei sorte. Meu ortopedista é muito bom, já operou outras pessoas da família. Tive o mesmo tipo de fratura de Neymar e vou ter que ficar um mês sem trabalhar”, contou Alan.
“Custou caro”
Lembrando dos riscos que passou, e que terá que ficar afastado das duas clínicas que possui em São Paulo, ele afirmou: “Não devia ter saído de casa, ou devia ter ficado só no café da manhã (com o presidente). Foi uma fatalidade. Custou caro e podia ter custado ainda mais caro”, desabafou ele.
Em seu Instagram Alan explicou o seu diagnóstico.
“Sofri fraturas na coluna, na coluna lombar,-L2, L3, L4-, uma fratura incompleta do processo transverso. É uma fratura semelhante à que Neymar sofreu quando levou uma joelhada nas costas [na Copa de 2014]. O tratamento é conservador, não precisarei de cirurgia. Mas dói bastante, é à base de morfina e Tramal (analgésico), medicamentos bem fortes, e usando colete. Vou ter que ficar de molho um tempinho em casa”, explicou.
“Vou ficar bem. Minha recuperação será completa, se Deus quiser. A expectativa e o prognóstico são bons. Muito obrigado pelas orações”, concluiu.