metropoles.com

Ex-governador do MS André Puccinelli será monitorado permanentemente

O político é alvo de investigação sobre esquema de fraudes em licitações e desvios que podem chegar a R$ 150 milhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Memória EBC/Divulgação
André Puccinelli
1 de 1 André Puccinelli - Foto: Memória EBC/Divulgação

A Operação Máquinas de Lama, da Polícia Federal, pôs uma tornozeleira eletrônica no ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (PMDB). O político é alvo de investigação sobre esquema de fraudes em licitações e desvios, durante seus mandatos, entre 2006 e 2014, que podem chegar a R$ 150 milhões.

Na quinta-feira (11/5), Puccinelli foi conduzido coercitivamente para depor na PF em Campo Grande. Por ordem da Justiça Federal, ele vai ficar sob monitoramento permanente. A juíza federal Monique Marchioli Leite, de Campo Grande, também impôs ao peemedebista medidas restritivas e fiança de R$ 1 milhão com prazo de 48 horas para depósito. O advogado do ex-governador, Renê Siufi, já informou que seu cliente não dispõe deste recurso porque está com os bens bloqueados.

Também é alvo da investigação o ex-secretário-adjunto de Fazenda do Mato Grosso do Sul André Cance. Os investigadores atribuem a ele o papel de “operador” do esquema supostamente comandado por Puccinelli.

Máquinas de Lama, deflagrada na quinta-feira (11), é a quarta fase da Operação Lama Asfáltica — missão integrada da PF, Receita, Procuradoria da República e Controladoria-Geral da União (Ministério da Transparência). A força-tarefa mira organização suspeita de lavagem de dinheiro e de fraudes em licitações em Mato Grosso do Sul.

“Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro”, informou a PF.

A nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em etapas anteriores, “cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da organização criminosa”.

Segundo a PF, foram obtidas provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos ideologicamente falsos para “justificar a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos”.

Conforme a PF, os valores repassados a título de propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. “As investigações demonstraram que estas negociações eram, em sua maioria, fictícias, com o único propósito de aparentar uma origem lícita aos recursos financeiros”, assinala a PF.

Os investigadores saíram às ruas para cumprir três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão — a operação mobilizou 270 agentes e delegados da PF e alcançou os municípios de Campo Grande, Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, além de São Paulo e Curitiba.

A reportagem não conseguiu contato com o advogado Renê Siufi, constituído por Puccinelli. Na quinta, à imprensa de Campo Grande, Siufi declarou que não havia motivo para a condução coercitiva do ex-governador porque em outras ocasiões, quando chamado para depor, ele atendeu prontamente.

Na PF, Puccinelli teve de ouvir gravações (grampos da Operação Máquinas de Lama). O advogado Renê Siufi informou que o ex-governador respondeu todas as perguntas da PF.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?