Ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman morre aos 81 anos
O político estava internado desde o dia 19 de agosto devido a um câncer no cérebro
atualizado
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O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman morreu neste domingo (01/09/2019) devido a complicações de um tumor cerebral. Aos 81 anos, ele estava internado desde o dia 19 de agosto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês.
A morte, que ocorreu às 13h30, foi confirmada pela assessoria de imprensa do político. Em meados do mês passado, ele deu entrada na emergência em razão de um câncer neuroendócrino na região cervical. Durante tomografia, foi constatado sangramento no cérebro de Goldman, sendo necessário fazer uma cirurgia de emergência.
Desde então, ficou internado, mas não conseguiu reagir aos tratamentos. Casado com Deuzeni Trisoglio, deixou dois filhos do atual relacionamento, além de outros três que teve com a artista plástica Sara Goldman.
O político teve sério desentendimento com o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e foi expulso da legenda, no ano passado, por infidelidade partidária. Porém, a Executiva Nacional da sigla anulou a expulsão. Nas últimas eleições, apoiou Paulo Skaf (MDB), concorrente do tucano.
Poucos minutos após o anúncio da morte, colegas do político lamentaram a perda. Em nota, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que Goldman deixa um “legado de respeito” e enviou “integral solidariedade”.
“É com grande tristeza que recebemos a notícia da morte do ex-governador Alberto Goldman. Engenheiro, líder estudantil, deputado estadual e federal, secretário de Estado, vice-governador e governador de São Paulo e ministro dos Transportes, Goldman deixa um legado de respeito e ética para com a vida pública”, lamentou.
Trajetória
A primeira legenda de filiação de Goldman foi o Partido Comunista Brasileiro (PCB), aos 19 anos. No auge do regime militar, migrou para o MDB, que também era uma sigla oposicionista à ditadura.
Foi eleito deputado estadual duas vezes e retornou ao PCB, quando legalizado. Dois anos depois, voltou ao ninho emedebista.
Goldman foi deputado federal por seis mandatos e ministro dos Transportes do governo Itamar Franco. Em 2010, foi vice-governador de São Paulo e assumiu como governador quando José Serra (PSDB) deixou o cargo para disputar a Presidência.