metropoles.com

Ex-ginasta Lais Souza revela ter sofrido abuso de cuidadores

Lais Souza afirmouter tido medo de ser morta após denunciar o abuso sexual, que contou ter ocorrido no momento mais vulnerável de sua vida

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Instagram
Imagem colorida mostra Ex-ginasta Laís Souza fala sobre abuso sexual ao lado do ex-BBB Rodrigo Mussi - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ex-ginasta Laís Souza fala sobre abuso sexual ao lado do ex-BBB Rodrigo Mussi - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

A ex-ginasta brasileira Lais Souza, de 34 anos, revelou, na última segunda-feira (28/8), que sofreu abuso sexual dos profissionais responsáveis pelos seus cuidados, apoio necessário desde que ficou tetraplégica após um exercício durante treinamento para os Jogos Olímpicos de 2014.

Ela afirmou, ainda, ter tido medo de ser morta após denunciar os abusos. A revelação ocorreu durante uma entrevista para o programa Café com Mussi, do ex-BBB Rodrigo Mussi.

5 imagens
Lais Souza e a namorada Paula Alencar
Desde então ela tem apresentado uma recuperação impressionante
Lais Souza ficou tetraplégica após um acidente de esqui
Lais Souza
1 de 5

Lais Souza fica em pé

Reprodução/Instagram
2 de 5

Lais Souza e a namorada Paula Alencar

Instagram/Reprodução
3 de 5

Desde então ela tem apresentado uma recuperação impressionante

Instagram/Reprodução
4 de 5

Lais Souza ficou tetraplégica após um acidente de esqui

Instagram/Reprodução
5 de 5

Lais Souza

Reprodução/Instagram

A ex-ginasta ainda ressaltou que estava em um dos momentos mais vulneráveis de toda sua vida. “Já fui abusada antes, quando tinha 4 anos, e depois do acidente, que foi quando realmente fiquei super vulnerável. Foram abusos inesperados. Eu estava totalmente vulnerável: deitada, dormindo… não estava nem vendo o que estava rolando. E não tenho sensibilidade em 100% do corpo”, compartilhou.

Os abusos não se limitaram a apenas um gênero, tendo ocorrido tanto por homens quanto mulheres, e uma das posições mais vulneráveis durante seus cuidados é justamente quando ela deita de barriga para baixo. “Se eu deitar de barriga, acabou, não sei o que está rolando, porque tenho pouca sensibilidade. São muitos procedimentos que preciso fazer de barriga para a baixo”, explicou.

Abusos contra pessoas deficientes

Um artigo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ressaltou que o país não possui pesquisas que forneçam estatísticas sobre a violência sexual direcionada às pessoas com deficiência (PCD), de acordo com informações da Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça).

No entanto, existem pesquisas internacionais que demonstram uma alta incidência dos abusos contra esse público. O artigo ainda diz que os homens com deficiência são quatro vezes mais vulneráveis que os que não possuem um diagnóstico de PCD.

Os dados da Abraça estimam, no entanto, que cerca de 40 a 68% da população mundial feminina PCD tenha sofrido violência sexual até atingir a maioridade – no Brasil, o cenário estimado é de até 90% ao longo da vida.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência sexual como “qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários inapropriados ou avanços de natureza sexual, além do tráfico sexual, realizados sem consentimento ou usando de coerção, sendo realizada por qualquer pessoa, independentemente de sua relação com a vítima, em qualquer situação, incluindo, mas não se limitando, a casa e ao trabalho”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?