Ex-dono de mansão diz que Flávio Bolsonaro ainda deve R$ 1,8 milhão
A propriedade de R$ 6 milhões, em área nobre de Brasília, tornou-se alvo de polêmica, já que o parlamentar recebe R$ 24,9 mil líquidos
atualizado
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O caso da luxuosa mansão de quase R$ 6 milhões adquirida pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ganhou mais um capítulo. O parlamentar, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda deve cerca de R$ 1,8 milhão do valor total do imóvel, que fica no Lago Sul, área nobre de Brasília.
Nota assinada por três advogados da construtora RVA, divulgada na quarta-feira (3/3) pelo empresário Juscelino Sarkis, sócio da empresa e ex-proprietário da mansão, afirma que o valor quitado até agora é de R$ 4,19 milhões.
“Até o presente momento, todos os termos contratados têm sido devidamente adimplidos, já tendo sido efetuado o pagamento do valor de R$ R$ 4.190.278,30”, diz a nota. A transação do imóvel foi registrada em cartório no último dia 29 de janeiro.
De acordo com a RVA, desse total, R$ 3,1 milhões foram pagos com financiamento imobiliário, liberado pelo Banco de Brasília (BRB) em 2 de fevereiro, e R$ 1,09 milhão por meio de três transferências bancárias no fim do ano passado: R$ 200 mil em 23 de novembro, R$ 300 mil em 10 de dezembro e R$ 590 mil um dia depois.
A empresa ainda afirmou que “adotou todas as providências legais que cabem ao vendedor, em estrita observância ao Código Civil e às demais leis que regem os contratos de compra e venda de imóveis”.
Veja fotos da propriedade:
Ao Metrópoles, o empresário Juscelino Sarkis garantiu que jamais teve contato com o senador Flávio Bolsonaro. “Nem o conheço”, resumiu.
Sarkis teria resolvido vender o imóvel após se separar da então esposa, em 2017. Ficou acordado, entre os dois, que a mulher e os filhos continuariam residindo na mansão até a venda da casa. Em nota, o empresário disse que o valor decorrente da transação seria destinado à compra de nova propriedade para residência da ex-esposa e dos filhos.
Polêmica
O caso da mansão tornou-se alvo de polêmica. Isso porque o parlamentar recebe R$ 24,9 mil líquidos como senador da República.
Além disso, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018, Flávio declarou ter o total de R$ 1,7 milhão em bens. Ou seja, cerca de R$ 4 milhões a menos do que foi gasto na aquisição da mansão. Ao se justificar, o senador disse que a casa foi comprada com “recursos próprios”.
Flávio afirma que a transação foi feita após vendas de um imóvel e de uma franquia de loja de chocolates. Ele pontuou ainda que a maior parte do valor de compra da casa está sendo financiada com um banco, “como qualquer pessoa no Brasil pode fazer”.
De acordo com o portal O Antagonista, Flávio Bolsonaro pagou 2,87 milhões à vista e assumiu prestação de 21,5 mil.