Condenado por agredir a modelo Luiza Brunet, o empresário Lírio Parisotto aproveitou o encontro com dois deputados em um restaurante para criticar a Lei Maria da Penha. Ele sugeriu que os parlamentares revogassem a norma que prevê penas mais duras para casos de violência doméstica. As informações são da coluna Radar On-Line, da Veja, e assinada por Gabriel Mascarenhas.
Assim que viram o empresário se levantar da mesa, os deputados Benito Gama (PTB-BA) e Arthur Maia (PPS-BA), relator da Reforma da Previdência, o cumprimentaram. Lírio disse então aos parlamentares que apoia as duras medidas propostas pelo governo e, em seguida, levou a conversa para um tema que lhe interessa diretamente: a violência doméstica. “Leizinha vagabunda é essa tal de Maria da Penha. Vocês tinham que revogá-la”.Em 5 de junho deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou o empresário a um ano de detenção em regime aberto por ter agredido Luiza Brunet em maio de 2016. A decisão é da juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcanti, titular da Vara Central de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
A Justiça também determinou que Parisotto deve ficar sob vigilância pelo prazo de dois anos, além de prestar serviço à comunidade durante 12 meses. Na ocasião, a defesa do empresário disse que iria recorrer. “Das três acusações inverídicas feitas por Luiza Brunet, duas já foram afastadas pelo Poder Judiciário, e a última será objeto de recurso ao tribunal competente que, certamente, fará justiça e absolverá Lírio Parisotto”, diz o comunicado dos advogados.