Ex-assessor de Pazuello vira réu por suspeita de estupro de vulnerável contra parente
Defesa afirma ser uma denúncia caluniosa com “desejo pessoal de vingança”
atualizado
Compartilhar notícia
O empresário e ex-assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello, Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, de 57 anos, virou réu nesta quinta-feira (23/9) por suspeita de estupro de vulnerável. O indiciamento foi decisão do juiz substituto Nildo Inácio, da Vara de Crimes Contra Vulneráveis, em Boa Vista (RR). As informação são do G1.
No dia 14 de setembro, a mãe da criança registrou um boletim de ocorrência contra Cascavel. Após denúncia feita pelo Ministério Público de Roraima, Cascavel foi acusado de estupro contra vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal, combinado ao artigo 226, que prevê o aumento da pena em função do acusado ser parente da vítima. De acordo com o Portal O Poder, a criança seria neta dele.
A defesa do empresário alegou que ele é uma “pessoa sem histórico de violência” e que sempre “dedicou carinho e atenção especial” aos seus familiares. Para os advogados de Cascavel, a acusação da mãe é caluniosa e feita com o propósito de atingir a ele e aos familiares.
Cascavel foi assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello e ganhou notoriedade nacional após ser ouvido pela CPI da Covid no Senado. Ele também foi apontado como “número 1 informal” do ex-ministro.
Entenda a denúncia
Na denúncia feita ao NPCA, a mãe da criança contou que, no fim se semana dos dias 11 e 12 de setembro, a criança foi visitar Cascavel e voltou para a casa se queixando de dores nas partes íntimas. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi encaminhada para o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) por conta das dores.
A mãe confirmou a denúncia ao G1 e disse que a criança passou por exame e corpo de delito. A Rede Amazônica teve acesso ao laudo onde o perito responsável pelo exame da criança informa “não ser possível negar ou afirmar que a menor foi vítima de ato libidinoso”.
Pedido de habeas corpus
Com base na denúncia, a defesa entrou na Justiça com um pedido de habeas corpus preventivo a fim de evitar uma eventual prisão. O juiz de plantão Cláudio Roberto Barbosa de Araújo declinou da competência para julgá-lo e determinou o envio para análise do Tribunal de Justiça — a segunda instância.
O Tribunal de Justiça ainda não informou se já houve decisão acerca do pedido de habeas corpus preventivo.