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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro sobre participação no 8/1: “Arrependi”

Luis Marcos dos Reis presta depoimento à CPI do Congresso Nacional nesta quinta-feira (24/8). Ele está preso desde maio

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1 de 1 imagem colorida do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-ajudante de Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 ouve, nesta quinta-feira (24/8), o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis. O militar era integrante da equipe de Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao colegiado Marcos afirmou que se arrependeu de participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele ainda afirma que, apesar de estar presente, não praticou atos de vandalismo.

Luís Marcos dos Reis está preso desde maio deste ano por acusação de envolvimento no esquema de fraude de cartões de vacina.

“Eu estive aqui [no Congresso] no 8 de Janeiro. Eu acompanhei pela minha casa, estava eu e minha esposa, acompanhando pela televisão. (…) A minha esposa chamou para eu vir, eu falei assim: ‘Vamos lá, vamos por curiosidade'”, disse o sargento.

Segundo ele, foi um “erro”. “Realmente, foi um momento impensável. Se me perguntarem se eu arrependi, arrependi. Eu não pensei na hora, estava ali e eu subi [na rampa]. Isso era por volta de 17h e 17h15, já tinha tudo sob o controle da Secretaria Pública do DF”.

Reis é investigado por movimentações financeiras consideradas atípicas para o tenente-coronel Mauro Cid, também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. As informações suspeitas constam em relatório de inteligência financeira (RIF) produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O RIF foi enviado à CPMI no início de agosto e mostra que, aproximadamente, R$ 3,3 milhões foram enviados a Cid. Os dados foram levantados entre junho de 2021 e agosto deste ano.

Ajudante de ordens sacaria dinheiro para Michelle

As informações do Coaf também apontam que Luis é suspeito de sacar dinheiro vivo para pagar contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os repasses somam R$ 70,4 mil e teriam sido feitos entre 26 de julho de 2022 e 25 de janeiro deste ano.

Além das suspeitas envolvendo a quantia, Reis é investigado por supostamente participar dos atos antidemocráticos de 8/1.

Ele também é suspeito de participar do esquema de fraude dos cartões de vacina do ex-presidente Bolsonaro e familiares — razão pela qual está preso desde maio deste ano.

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