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Ex-Abin confirma que Gonçalves Dias recebeu alertas sobre atos de 8/1 pelo WhatsApp

Segundo ex-diretor, que estava à frente da pasta quando ocorreram os atos antidemocráticos, general recebeu os alertas por meio de planilha

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Imagem colorida de Saulo Cunha, ex-diretor da Ain, em depoimento à CPMI dos atos antidemocráticos
1 de 1 Imagem colorida de Saulo Cunha, ex-diretor da Ain, em depoimento à CPMI dos atos antidemocráticos - Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles

Em depoimento nesta terça-feira (1°/8) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha afirmou que o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi alertado no WhatsApp sobre os possíveis ataques antidemocráticos em Brasília.

Segundo o ex-diretor, que estava à frente da pasta quando os atos ocorreram, o general recebeu os alertas por meio de uma planilha.

“[Eu] Fiz os dois relatórios. O primeiro numa planilha que continha os alertas encaminhados pela Abin a grupos e continha também os alertas encaminhados por mim pessoalmente, do meu telefone, ao ministro-chefe do GSI [GDias]. Entreguei essa planilha ao ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali, porque não era o destinatário oficial daquelas mensagens. Que ali fosse mantido apenas as mensagens encaminhadas para os grupos de WhatsApp. Ele determinou que fosse feito, eu obedeci a ordem”, disse Saulo a deputados e senadores.

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Senadora Eliziane Gama (Cidadania) conduziu sessão da CPI sobre os atos de 8 de janeiro
Ex-diretor da Abin Saulo Moura em CPI no Congresso
Saulo Moura confirmou pedido de cargos em conversas vazadas
Senador Sergio Moro (União Brasil) durante depoimento de ex-Abin
Ex-diretor da Abin, Saulo da Cunha negou que PRF tenha informado sobre movimentação de ônibus
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CPI ouviu ex-diretor da Abin sobre atos de 8 de janeiro

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Ex-diretor da Abin Saulo Moura em CPI no Congresso

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Ex-diretor da Abin disse que WhatsApp era o meio mais ágil disponível no momento do ato de 8 de janeiro

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Flávio Bolsonaro (PL) durante CPI sobre atos de 8 de janeiro

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Ex-diretor da Abin e Magno Malta

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“Não houve da minha parte interesse em esconder informação, tanto que apresentei ao ministro. Cabe ao ministro decidir se encaminha ou não aquela informação. Da parte da Abin, não houve nenhuma iniciativa em esconder que o ministro recebeu informações. E ele recebeu essas informações de mim”, reafirmou o ex-diretor da Abin.

As mudanças nos documentos resultaram em dois relatórios com diferentes destinatários: um com o nome de Gonçalves Dias e outro sem o nome do general.

Cunha acabou exonerado do cargo da diretoria da Abin em março e, em abril, foi escolhido pelo presidente Lula para chefiar a assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do GSI. Ele assumiu as funções no GSI em 13 de abril. No dia 19, uma semana depois, foram divulgadas imagens do então ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto durante a invasão de 8/1.

A convocação à CPI foi pedida por quatro parlamentares da oposição: senador Magno Malta (PL-ES), deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado Marco Feliciano (PL-RJ) e deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), sob a justificativa de que ele era diretor adjunto da Abin no dia dos atos antidemocráticos.

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