Eurípedes Junior é transferido para penitenciária da Papuda, no DF
O presidente licenciado do Solidariedade é acusado de desviar cerca de R$ 36 milhões dos recursos do fundo partidário nas eleições de 2022
atualizado
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Eurípedes Gomes Júnior, presidente licenciado do Solidariedade, foi transferido para a penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, na noite dessa terça-feira (18/6). Ele se entregou à Polícia Federal (PF), em Brasília, onde estava desde a manhã do último sábado (15/6), após ser considerado foragido.
O presidente licenciado do Solidariedade é alvo da operação que apura supostos desvios de recursos do fundo partidário nas eleições de 2022. Segundo a GloboNews, Eurípedes deve prestar depoimento na quinta-feira (20/6).
A defesa dele afirmou que será provado à Justiça “a insubsistência dos motivos” para a prisão e a “total inocência” de Eurípedes.
O dirigente solicitou ao Solidariedade licença da presidência por prazo indeterminado. O partido foi assumido pelo deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
Operação da PF
As investigações começaram a partir de uma denúncia feita por um ex-dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), hoje integrado ao Solidariedade, que acusou o Eurípedes de desviar cerca de R$ 36 milhões dos recursos do fundo partidário nas eleições de 2022 e culminou na Operação Fundo do Poço.
O grupo criminoso seria responsável por desviar recursos do fundo partidário e eleitoral, bem como de se apropriar das verbas, “utilizando-se de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido”.
Na última quarta-feira (12/6), agentes da PF procuram por Eurípides na casa dele e no aeroporto de Brasília, mas a busca acabou sem sucesso. Ele chegou a entrar na lista de mais procurados da Interpol.
Os policiais buscaram bloquear R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo.
Além de Eurípedes, foram alvos dos mandados de prisão: Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade, que está presa, e Alessandro, o Sandro do Pros, que também está preso.