Eunício e Maia convocam comissão no Congresso sobre preço da gasolina
Dados divulgados na última sexta-feira (18/5) pela ANP mostram que o valor médio do combustível nas bombas terminou a semana em alta
atualizado
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Os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), distribuíram nota à imprensa, na manhã desta segunda-feira (21/5), anunciando a realização de uma comissão geral do Congresso para debater “as sucessivas elevações dos preços dos combustíveis — sobretudo da gasolina, do diesel e do gás de cozinha”.
A medida consiste “em uma sessão conjunta de senadores e deputados” e irá ocorrer no dia 30 de maio. O objetivo, segundo a nota, é “debater e mediar saídas que atendam aos apelos da população”.
Nesta segunda (21), Maia usou sua conta no Twitter para falar do assunto e criticar as recentes altas no preço da gasolina. Pré-candidato ao Palácio do Planalto, ele sugeriu que o governo federal avalie a possibilidade de zerar a Cide e diminuir o PIS/Cofins sobre o produto para ajudar a diminuir o valor dos combustíveis no país. No Twitter, Maia também havia prometido a convocação da comissão geral sobre o tema.
“No curto prazo, o governo federal deve avaliar a possibilidade de zerar a Cide e diminuir o PIS/Cofins. Os estados podem avaliar o mesmo para o ICMS. São ideias de políticas compensatórias, para enfrentar o momento atual. E estão distantes do congelamento de preços que vimos no passado”, escreveu Maia. Cide, PIS/Cofins e ICMS são tributos que incidem sobre o preço dos combustíveis.
Dados divulgados na última sexta-feira (18) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o preço médio da gasolina nas bombas terminou a semana em alta. O aumento, segundo a agência, foi de 0,63% para R$ 4,284 por litro na média nacional. O valor representa uma média calculada pela ANP, que verifica os preços em diversos municípios. Eles, portanto, podem variar de acordo com o local.
No primeiro semestre do ano passado, a equipe econômica chegou a estudar elevar a Cide sobre os combustíveis para ajudar no cumprimento da meta fiscal de 2017, mas acabou não fazendo por temer desgaste político.