EUA proíbem entrada de pessoas que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias
Decisão era esperada após seguidos avisos dos norte-americanos. Avanço do coronavírus no Brasil foi citado como a razão para o fechamento
atualizado
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A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, oficializou a decisão americana de suspender a entrada de brasileiros ou pessoas de outras nacionalidades que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias. A justificativa é ajudar a conter o avanço do coronavírus no país governado por Donald Trump.
Brasileiros que não estavam no Brasil (ou outro país com entrada restrita de cidadãos nos EUA, como a Inglaterra) antes de ir para a América do Norte não serão impedidos de entrar no país.
“Hoje o presidente Trump tomou a decisão para proteger nosso país ao suspender a entrada de estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias antes de tentar entrar nos EUA”, disse McEnany há pouco neste domingo em Washington, nos Estados Unidos.
Ela justificou a decisão com os mais de 300 mil casos de coronavírus no Brasil. “A ação de hoje vai ajudar a garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte de infecção no nosso país”, disse a gestora de comunicação do governo americano.
A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA, além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes.
Estrangeiros que possuem visto específicos, como os que representam outros governos, também estarão excluídos da restrição.
As restrições, segundo a secretária, não impedem o comércio entre os dois países.
Mais cedo neste domingo, em entrevista ao canal de notícias americano CBS, Robert O’Brien, consultor de segurança nacional dos Estados Unidos, afirmou que a medida será semelhante à sanção aplicada para o Reino Unido, Europa e China. “Hoje devemos ter a decisão em relação ao Brasil. Esperamos que seja temporária”, destacou.