EUA nega visto a brasileiras presas após troca de malas: “Até quando?”
As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paollini ficaram 38 dias presas na Alemanha, sob acusação de tráfico internacional de drogas
atualizado
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As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paoli, presas há quase dois anos na Alemanha após terem as malas trocadas por uma bagagem com drogas, tiveram o visto cancelado para os Estados Unidos. Elas planejaram a viagem por seis meses.
“Imagina: você programa uma viagem com antecedência e é impedido de entrar no país. Até quando isso vai acontecer? (Em) Quantos outros países pode acontecer isso com a gente? Até quando?”, questionam as brasileiras em vídeo divulgado nas redes sociais.
As goianas ficaram 38 dias presas na Alemanha, sob acusação de tráfico internacional de drogas. Elas foram libertadas em 11 de abril de 2023, depois de o Ministério Público alemão considerá-las inocentes.
Agora, as brasileiras tiveram o visto negado para os Estados Unidos. Segundo elas, a negativa ocorreu por causa da falha de segurança cometida pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em 2023.
Veja o relato:
“Em função da prisão injusta, mais uma vez fomos vítimas, e os Estados Unidos cancelaram os nossos vistos. Já tem quase dois anos que nós fomos presas na Alemanha devido ao golpe da mala, devido à falta de segurança no despacho de bagagens no aeroporto de Guarulhos”, relata uma delas.
As brasileiras contaram que estão reconstruindo a vida após enfrentarem uma prisão injusta.
Relembre o caso
Em 5 de março de 2023, duas passageiras de Goiânia (GO) tiveram as bagagens trocadas e foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha.
As bagagens foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as etiquetas das malas acabaram trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Imagens de câmeras de segurança do terminal revelaram um funcionário fazendo a troca.
Segundo a Polícia Federal (PF), as passageiras informaram que não tinham conhecimento do conteúdo ilícito dentro das malas e confirmaram que as bagagens apreendidas não eram delas.
Em uma operação, policiais federais prenderam seis investigados que trabalharam de forma terceirizada para companhias aéreas no Aeroporto de Guarulhos.