EUA nega extradição de pilotos do Legacy que derrubaram avião da Gol
Investigação brasileira comprovou que acidente aéreo responsável pela morte de 154 pessoas aconteceu por erro dos pilotos norte-americanos
atualizado
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O governo dos Estados Unidos negou a extradição dos pilotos do jato Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que derrubaram um avião da Gol, em setembro de 2006, provocando a morte de 154 pessoas, incluindo crianças e um bebê.
A argumentação do governo norte-americano para a negativa foi de que a extradição não está prevista no tratado firmado entre Brasil e EUA.
A decisão foi comunicada aos familiares das vítimas neste mês e noticiada pela Folha de S. Paulo.
A Justiça Federal em Sinop, Mato Grosso, determinou as prisões dos pilotos em 2017. Dois anos antes, eles acabaram condenados à prisão em regime aberto, e o Ministério da Justiça chegou a emitir uma intimação, mas o Departamento de Justiça dos EUA havia informado que não tinha jurisdição.
Maior acidente
O voo 1907 fazia o trajeto de Manaus para Rio de Janeiro, com escala em Brasília, quando foi atingido pelo jato Legacy e caiu na Reserva Indígena do Xingu, na divisa entre Pará e Mato Grosso, no meio da floresta. Os pilotos do jato conseguiram fazer um pouso de emergência.
As investigações comprovaram que as infrações dos pilotos norte-americanos foram determinantes para o acidente. À época, foi o maior acidente da história da aviação brasileira.
Os pilotos não olharam os equipamentos que poderiam alertar sobre possíveis choques com objetos ou sobre a proximidade com outros aviões. A suspeita é que eles tenham desligado esses equipamentos.