EUA flexibilizam entrada de viajantes do Brasil e de outros 31 países
Estrangeiros devem cumprir integralmente as regulamentações sanitárias dos EUA e precisam entrar em contato com autoridades locais de saúde
atualizado
Compartilhar notícia
Mesmo com a dificuldade de que viagens internacionais sejam realizadas neste momento de pandemia, o secretário de Estado do governo Joe Biden, Antony Blinken, decidiu, na segunda-feira (26/4), flexibilizar a entrada de estrangeiros nos EUA, a partir da edição das Exceções de Interesse Nacional (NIE). O documento estabelece ressalvas às restrições de viagem adotadas em relação ao Brasil e mais 31 países.
A medida beneficia acadêmicos, jornalistas e estudantes inscritos em programas de intercâmbio. Ainda que integrantes desse público-alvo tenham vistos válidos e/ou Autorização de Viagem (ESTA), a solicitação da NIE é necessária para ingressar no país. Caso a NIE seja aprovada, os indivíduos poderão viajar com um visto válido ou com a autorização, ESTA.
De acordo com informações da Embaixada dos Estados Unidos, os viajantes devem cumprir integralmente as regulamentações sanitárias dos EUA e precisam entrar em contato com as autoridades locais de saúde no país norte-americano para mais detalhes.
Quem deseja viajar para os EUA será obrigado a fazer um teste viral, três dias antes do embarque. O viajante também precisa fornecer à companhia aérea uma documentação por escrito (em papel ou cópia eletrônica) que comprove o resultado de exame.
No caso de brasileiros que tiverem visto de estudante válido (categorias F e M) e que iniciarão os estudos nos EUA a partir de 1º de agosto de 2021, fica a possibilidade de viajar ao país sem consultar a Embaixada ou os consulados no Brasil. “Entretanto, estão proibidos de chegar ao país mais de 30 dias antes do início das aulas”, diz a Embaixada, em nota.
Outro ponto refere-se àqueles que necessitam de um visto de estudante: devem consultar o site da Embaixada ou dos Consulados mais próximos. As entrevistas de visto para essas categorias devem ser retomadas em meados de maio de 2021, se as condições permitirem.
Atenção para o visto
A Embaixada ainda ressalta outro ponto importante sobre os vistos: “As entrevistas de vistos talvez não estarão imediatamente disponíveis, mas encorajamos os indivíduos a planejar com antecedência. Como sempre, os solicitantes de visto devem consultar os sites da Embaixada ou Consulado mais próximo para obter as informações mais atualizadas sobre a disponibilidade de visto”.
“O Departamento de Estado também continua a conceder as exceções para viajantes qualificados que procuram entrar nos EUA para fins relacionados a viagens humanitárias, resposta à saúde pública e segurança nacional. O Departamento continua a buscar maneiras de processar mais pedidos de visto, baseando-se na orientação científica das autoridades sanitárias, e assim, preservando a saúde e a segurança dos funcionários e solicitantes de visto”, diz a nota.
Outros países qualificados para essas exceções são: China, Irã, Reino Unido, Irlanda e África do Sul e outros 26 países europeus da zona Schengen (de livre circulação).
Itamaraty
Em resposta, o Itamaraty disse que recebeu “com satisfação a decisão do governo dos Estados Unidos da América de conceder aos estudantes brasileiros matriculados em instituições de ensino americanas o status de ‘exceção de interesse nacional’”.
O Itamaraty ainda recomendou que os estudantes consultem os sítios eletrônicos da Embaixada e dos Consulados dos EUA no Brasil para obter informações adicionais e atualizadas, verificar prazos, agendar atendimentos e outras providências.
“Espera-se que as dificuldades de agendamento de entrevistas para vistos sejam resolvidas a tempo, para que os estudantes admitidos, inclusive bolsistas, possam começar o próximo semestre letivo”, diz o Itamaraty.
Por fim, também foi informado que o “Ministério das Relações Exteriores manterá diálogo permanente com autoridades americanas para, na medida do possível e em conformidade com as exigências de natureza sanitária, buscar soluções para outros casos especiais de nacionais brasileiros impossibilitados de viajar aos EUA, no contexto da pandemia da Covid-19”.