“Eu até ri”, diz Jefferson sobre disparos contra policiais federais
Em interrogatório nesta 6ª, ex-deputado Roberto Jefferson disse que mirava na viatura, não nos agentes, e que até riu quando policial fugiu
atualizado
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O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) negou em interrogatório nesta sexta-feira (26/5) que tivesse a intenção de matar policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão expedido em outubro do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
À Justiça Federal, o ex-deputado disse que os 60 tiros disparados por ele miravam a viatura da Polícia Federal (PF), que ele supunha ser blindado. Apenas as portas dianteiras do veículo tinham alguma proteção.
Jefferson disse inclusive que riu no momento que uma policial fugiu, após ele lançar a primeiro granada de efeito moral adulterada com pregos. A agente foi ferida na perna por um estilhaço de projétil disparado pelo deputado. Outros dois policiais ficaram feridos por estilhaços.
“Eles se abrigaram. A última a correr foi a menina. Eu até ri. Ela é igual a minha neta. Cabelinho preso…”, disse o ex-deputado, segundo a Folha de S. Paulo.
O deputado de 69 anos ainda pediu desculpas aos policiais, que não estavam presentes na audiência, e disse se sentir arrependido da ação.
Entenda
Acusado de tentar matar policiais federais em outubro do ano passado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi interrogado, nesta sexta-feira (26/5), pela Justiça Federal, em Três Rios, no Rio de Janeiro. Ele chegou ao local para o depoimento por volta das 11h30.
Roberto Jefferson está preso desde 23 de outubro de 2022, após atacar policiais federais com mais de 50 tiros e três granadas. À época, ele cumpria prisão domiciliar. Os agentes iriam prendê-lo novamente depois que o político desrespeitou determinações da Justiça, como a de não conceder entrevistas, não receber visitas e não propagar desinformação nas redes sociais.
Vídeo. Roberto Jefferson troca tiros com PF, e uma policial é ferida