Estupro coletivo: “Laudo vai contrariar senso comum”, diz delegado
Em entrevista ao Fantástico, o chefe da Polícia Civil carioca, delegado Fernando Veloso, disse que “não há vestígios de sangue”
atualizado
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Alvo de críticas de machismo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro mudou a investigação do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos e delegou seu comando a uma mulher. A medida, entretanto, não foi suficiente para que a corporação ainda levante dúvidas sobre a versão do que teria ocorrido. Em entrevista ao Fantástico nesse domingo (29/5), o chefe da Polícia Civil carioca, delegado Fernando Veloso, disse que um laudo no vídeo que deu origem à investigação do estupro coletivo vai “contrariar o senso comum”.
“Não há vestígios de sangue nenhum que se possa perceber pelas imagens que foram registradas”, afirmou Veloso. “O laudo vai trazer algumas respostas que, de certa forma, vão contrariar o senso comum que vem sendo formado por pessoas que sequer assistiram ao vídeo”, completou.O caso da adolescente ganhou grande repercussão desde quarta-feira (25/5). Em um vídeo, ela aparece nua e desacordada após ser estuprada. A adolescente teria sido violentada por 33 homens, na favela São José Operário, local conhecido como morro do Barão, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. (Com informações do Fantástico e da Folha de S. Paulo)