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Estudos de novas vacinas têm 37 mil voluntários em 12 estados e no DF

Farmacêuticas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e China testam produtos. Regras da Anvisa são rígidas, e não há prazo para conclusão

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enfermeia retira vacina de frasco
1 de 1 enfermeia retira vacina de frasco - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mais de um ano após o início da vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, o Brasil ainda tem instituições realizando pesquisas sobre imunizantes. Registros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que há, em curso, nove estudos clínicos para o desenvolvimento de vacinas.

Ao todo, 37 mil brasileiros estão participando dos testes como voluntários. Doze estados e o Distrito Federal contam com participantes.

Além do DF, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará e Roraima têm ensaios clínicos em andamento.

Os dados fazem parte de um painel da Anvisa com informações de vacinas que concluíram as fases clínicas 1, 2 e 3, inclusive com uso já autorizado no Brasil; assim como inclui também as vacinas ainda em desenvolvimento, que ainda não concluíram as fases clínicas e não tem autorização de uso no Brasil. 

No Brasil, a Anvisa autorizou o uso das vacinas Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan; AstraZeneca, elaborada pela Fiocruz; Pfizer e Janssen.

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção
Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos
Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde
Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária
A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, o número de vacinados infectados pela Covid está crescendo. Apesar de o que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

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Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos

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Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde

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Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária

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A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe

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O atual aumento nos diagnósticos positivos podem ser explicados por aglomerações causadas nas festas de fim de ano, aniversários, feriados prolongados, etc.

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No entanto, é clara a desaceleração das mortes em todo o mundo, o que reforça a importância da vacinação, principalmente em um cenário de circulação da Ômicron

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Farmacêuticas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e China testam produtos. Quando os imunizantes são testados no Brasil, as chances de se conseguir aprovação da Anvisa são maiores.

O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, também está no roll de empresas com estudos em curso no país. A aposta deles é a Butanvac (veja relação de estudos clínicos autorizados pela Anvisa na lista abaixo).

A tecnologia da Butanvac utiliza um vetor viral que contém a proteína spike, do novo coronavírus, de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor é o da doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves.

Tecnologias diferentes

As vacinas em estudo têm tecnologias diferentes, ou seja, atuam de formas distintas para combater o coronavírus, como vacina de DNA com eletroporação, vetor de adenovírus recombinante, vírus quimérico inativado, partícula semelhante ao Sars-Cov2, vírus inativado, subunidade protéica, RNA encapsulado e RNA autorreplicante.

As mais recentes autorizações de estudos clínicos foram publicadas em julho de 2021. São os estudos desenvolvidos pelo Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas  e uma variação da AstraZeneca, produzida pela com a tecnologia de vetor de adenovírus recombinante.

Veja os estudos clínicos autorizados pela Anvisa: 

  • INO-4800 (Icon plc)
  • AZC2816 (AstraZeneca)
  • Butanvac (Butantan)
  • COVLP (Medicago)
  • Inativada contra Sars-CoV2 (IMBCAMS)
  • SCB-2019 (Clover)
  • Vacina de RNAm para Sras-Cov-2 (Sanofi Pasteur)
  • Vacina de RNAMCTI Cimatec (HDT Biocorp/Cimatec-BA)
  • Ad26.COV2.S (Janssen)

As exigências

Na prática, explica a agência, os estudos têm o objetivo de mensurar a segurança, imunogenicidade e eficácia das candidatas à vacina.

Todos os ensaios clínicos conduzidos no Brasil para fins regulatórios são avaliados e aprovados pela Anvisa antes do início dos estudos.

“Todos os estudos de fase 3 preveem o monitoramento a longo prazo dos participantes da pesquisa e todas as vacinas autorizadas no Brasil apresentaram resultados de todas as fases de pesquisa clínicas exigidas para o uso de vacinas”, pondera a Anvisa, em nota.

Aprovação

Segundo a Anvisa, para dar celeridade à análise e autorização das pesquisas clínicas para Covid-19, a agência adotou estratégias, desde o início da pandemia, para oferecer aconselhamento técnico aos desenvolvedores de vacinas e outros medicamentos, e permitiu que os documentos, dados e as informações fossem apresentados para avaliação da agência continuamente, ou seja, em partes, à medida que estiverem disponíveis.

Para autorizar a pesquisa clínica, a Anvisa requer dados sobre o processo de obtenção da vacina e suas características de ação, além de informações sobre as etapas de testes in vitro e com animais. O objetivo é garantir padrões mínimos de segurança para os voluntários que participarão da pesquisa.

“A condução dos estudos e o tempo de condução é de responsabilidade dos patrocinadores e depende de fatores inerentes à pesquisa. Assim, não existe prazo determinado para o encerramento dos estudos”, explica a Anvisa.

Panorama

Segundo informações do governo federal, mais de 430 milhões de doses de vacina contra a Covid já foram distribuídas pelo Ministério da Saúde. Ao todo, cerca de 190 milhões são da farmacêutica Pfizer.

Balanço da pasta mostra que 155 milhões de brasileiros foram imunizados com as duas doses ou dose única da vacina contra o coronavírus, o que representa 86% do público-alvo acima de 12 anos.

Desde o início da pandemia, 27,9 milhões de pessoas receberam o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, e mais de 642 mil morreram em decorrência da doença.

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