“Estudo deve ser retomado”, diz universidade que testou vacina no Brasil
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reativação do estudo clínico no Brasil precisa de autorização do órgão
atualizado
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O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) diz que os testes da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, devem ser retomados no Brasil.
Neste sábado (12/9), a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e o laboratório AstraZeneca informaram que retomaram as pesquisas, após uma suspensão temporária. Uma voluntária teve reações não esperadas.
No Brasil, até o momento, 4.600 voluntários já foram recrutados e vacinados, sem qualquer registro de intercorrências graves de saúde, segundo a Unifesp.
“O estudo que envolve 5 mil participantes também deve ser retomado, logo após liberação da Anvisa e do Comitê Nacional de Ética e Pesquisa (Conep)”, destaca a universidade, em nota.
A possível vacina é desejada, mas a Unifesp frisa que é preciso garantir a segurança e a eficácia do produto. “A universidade está comprometida com a segurança de todos os participantes e com os mais altos padrões de conduta nos estudos, garantindo a continuidade do monitoramento da segurança de perto”, conclui o comunicado.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reativação do estudo clínico no Brasil precisa de aval do órgão. Com isso, as autoridades brasileiras esperam receber nos próximos dias o peticionamento da AstraZeneca.
Globalmente, cerca de 18.000 indivíduos já receberam vacinas como parte do estudo. Em grandes ensaios como este, é esperado que alguns participantes não passem bem e todos os casos têm de ser cuidadosamente analisados para garantir uma avaliação cuidadosa da segurança.