Estudo australiano diz que Brasil é o pior país na gestão da pandemia
Ranking coloca a Nova Zelândia como nação que teve a melhor resposta à crise da Covid-19
atualizado
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Um estudo publicado nesta quinta-feira (28/1) pelo Lowy Institute, think tank australiano, considerou que a gestão da pandemia de Covid-19 pelo Brasil foi a pior entre 100 países analisados. O ranking, que avaliou critérios como casos confirmados, mortes e testagem de doentes, é liderado pela Nova Zelândia.
“Alguns países administraram a pandemia melhor do que outros, mas a maioria deles se destacou apenas por seu desempenho insatisfatório”, diz o relatório do órgão independente.
Além da Nova Zelândia, que manteve o vírus sob controle com o fechamento de fronteiras, bloqueios e diagnósticos, Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka ficaram entre as 10 primeiras posições.
Em último lugar, na posição 98, ficou o Brasil, seguido de perto por México, Colômbia, Irã e Estados Unidos.
Na quarta-feira (27/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a pandemia do coronavírus “pode ser fabricada”.
“Quis o destino que uma pandemia, que pode ser fabricada, nos atingiu no início do ano passado”, disse o chefe do Executivo em almoço fechado na churrascaria.
No total, o Brasil perdeu 220.161 vidas para a doença e computou 8.996.876 casos de contaminação, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Em termos de número total de mortes, o país fica atrás apenas dos Estados Unidos.
A China — onde o vírus surgiu no final de 2019 — não está incluída na lista por falta de dados de diagnóstico disponíveis ao público, segundo os autores.
De acordo com o relatório, em geral, os países com populações menores, sociedades coesas e instituições capacitadas tiveram uma vantagem comparativa para lidar com a crise global relacionada à pandemia.