Estudantes protestam contra Bolsonaro no Rio; Exército faz a segurança
Alunos afetados pelo corte do orçamento na Educação divulgaram que fariam um protesto nesta segunda-feira (06/05/2019)
atualizado
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Um grupo com pelo menos 300 manifestantes, a maioria estudantes, estava reunido por volta das 8h30 próximo ao Colégio Militar do Rio (CMRJ), onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) participa de cerimônia alusiva aos 130 anos da instituição na manhã desta segunda-feira (06/05/2019). O protesto é contra o corte de verbas na Educação anunciado pelo governo federal na semana passada.
Quase a totalidade dos manifestantes é formada por alunos de instituições federais, em especial dos Colégios Pedro II, Cefet e Instituto Federal, além de alunos de universidades, como a UFRJ. Além deles, um grupo carrega bandeiras e faixas da Frente Internacionalista dos Sem Teto. Uma manifestante veste uma camiseta com a inscrição “Lula Livre”.
O ato é acompanhado por guardas municipais e por integrantes da Polícia do Exército – a Força montou um forte esquema de segurança no local. Nenhum incidente havia sido registrado até a publicação desta nota.
Um forte aparato do Exército foi montado no entorno do Colégio Militar para a chegada do presidente. Nesse domingo (05/05/2019), estudantes do Colégio Pedro II e outros afetados pelo corte do orçamento na Educação divulgaram que fariam um protesto hoje no local.
Dezenas de soldados do Exército já se encontram de prontidão nas ruas perto do lugar, formando um cordão humano com soldados enfileirados de 10 em 10 metros, além de veículos militares espalhados pelo bairro.
Estudantes de três instituições de ensino federais estão organizando uma manifestação para a manhã desta segunda-feira. O ato deverá reunir estudantes do Colégio Pedro II, um dos mais tradicionais do Rio, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Maracanã, e do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). A manifestação será em protesto contra cortes no orçamento da Educação anunciados pelo governo Bolsonaro.
Na semana passada, o ministro Abraham Weintraub disse em entrevista ao Estado que o MEC reduziria o repasse de verbas a universidades que não atingissem desempenho adequado e que promovessem “balbúrdia” nos campi. Após a repercussão negativa das declarações, o ministério divulgou nota em que informa que os cortes seriam estendidos a todas as instituições em decorrência de um contingenciamento de recursos decretados pelo governo, que definiu bloqueio de R$ 5,8 bilhões do orçamento da pasta.
Reitores de diversas universidades do país demonstraram preocupação com o corte. Alguns chegaram a afirmar que a redução poderá inviabilizar as instituições no segundo semestre. No Rio, diretores do Pedro II assinaram carta informando que o colégio teve redução de 36,37% do seu orçamento de custeio previsto para este ano, o que equivale a R$ 18,57 milhões.