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Protesto contra cortes na Educação tem princípio de confusão no DF

Por volta das 11h15, o grupo interditou todas as vias do Eixo Monumental, causando engarramento na região central

atualizado

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1 de 1 Protesto-1 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Estudantes do Distrito Federal se concentram na manhã desta quinta-feira (30/05/2019) na Esplanada dos Ministérios para protestar contra os cortes na Educação. A manifestação reúne alunos de diversas instituições de ensino. Dois carros de som estão no local. É possível ver bandeiras da Universidade de Brasília (UnB), do Sindicato dos Professores (Sinpro) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). De acordo com números da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), cerca de 1,5 mil pessoas participavam do ato às 11h. O número não foi atualizado pela pasta durante o dia.  

Por volta das 11h15, um grupo fechou todas as faixas do Eixo Monumental. Houve princípio de confusão entre manifestantes e PMs, que chegaram a usar gás de pimenta para dispersar o público. A PMDF chegou a retirar do local uma pessoa que usava máscara e escondia o rosto.

O grupo deixou a Biblioteca Nacional — onde ocorreu a concentração — e seguiu até o Congresso Nacional. No caminho, provocaram o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), com cânticos como: “Bolsonaro, cadê você? Eu quero ver você passar na UnB”.

Por volta das 13h, um grupo fechou as seis faixas do Eixo Monumental, no sentindo Rodoviária do Plano Piloto, causando transtornos no trânsito. Às 14h, o ato chegou ao fim.

Vários manifestantes carregam placas e faixas com mensagens a favor da manutenção de investimentos no sistema de ensino. É o caso do estudante de arquitetura da UnB Thiago Nascimento, 33 anos, que segurava um cartaz com a frase: “+ Livros, – Armas”.  “Vim demonstrar para a sociedade o que está acontecendo no Brasil com os cortes na Educação. Mostrar que tem gente contra, e sou um deles”, afirma.

Organização

Vários partidos oficializaram o apoio aos atos. Representantes de 30 movimentos, entre eles nove centrais sindicais e pastorais católicas, entregaram à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) um pedido de adesão aos protestos.

“Estive na Câmara dos Deputados em uma audiência pública na última semana para tentar argumentar com o ministro da Educação [Abraham Weintraub] contra os cortes, mas ele se recusa a nos ouvir”, diz a presidente da UNE, Marianna Dias, no site da instituição.

Pedro Gorki, presidente da  União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), em Brasília, avalia que o corte do orçamento da rede federal de ensino, anunciado inicialmente como penalização por balbúrdia em três universidades, “foi a gota d’água que virou um tsunami”.

“Nós voltaremos às ruas até reverter este corte e ter uma escola e uma universidade públicas do tamanho dos sonhos da juventude”, ressalta.

Na UnB, professores e servidores vão cruzar os braços para participar do 2º Dia Nacional em Defesa da Educação. Uma manifestação está marcada para as 10h, em frente ao Museu Nacional.

A decisão da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) por paralisar todas as atividades e aderir à mobilização foi tomada nessa terça-feira (28/05/2019). Um dos argumentos é que o segundo dia de protestos nas ruas seria estratégico para demonstrar ao governo federal a insatisfação da população com o contingenciamento orçamentário e a reforma da Previdência.

 

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