Estudante denuncia racismo em colégio militar no Entorno do DF
Segundo a adolescente de Luziânia (GO), professor disse que chamaria mãe dela na escola só porque ela é “preta”. Polícia Civil investiga
atualizado
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Goiânia – Uma estudante de um colégio militar de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF), denunciou que foi vítima de um comentário racista por parte de um professor durante uma aula.
O caso teria acontecido em 29 de outubro deste ano no Colégio Estadual Cívico-Militar Maria Abadia Meireles Shinohara e a aluna fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
“Só porque eu era preta”
A estudante relata que o crime aconteceu logo depois da troca de professor.
“Tinha muitas pessoas conversando na sala. No momento que tinha as pessoas conversando, o professor disse que ia chamar minha mãe na escola só porque eu era preta. Eu registrei o boletim de ocorrência. Não vou deixar isso impune e vou atrás dos meus direitos”, declarou a adolescente.
Ela chegou a divulgar um vídeo sobre o assunto nas redes sociais, onde faz a denúncia.
Investigações
A Polícia Civil de Goiás informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depai), mas que não irá se manifestar no momento para preservar as investigações.
Os colégios cívico-militares não são totalmente militarizados, mas têm uma equipe de tutores formada por militares da reserva.
Procurado pelo Metrópoles, o superintendente de colégios militares e segurança escolar de Goiás, coronel Mauro Vilela, informou que será aberto um processo administrativo para apurar a situação e que a aluna está sendo acompanhada por uma psicóloga da prefeitura de Luziânia.
“Foi feita a coleta de dados preliminares em relatório da coordenação regional de educação de Luziânia, encaminhados para a corregedoria da Secretaria de Educação”, explicou o oficial.
O professor denunciado continua a dar aulas de matemática, acompanhado pela gestão da escola. A aluna também está tendo aulas.