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“Estou arrasado”, diz pai de menina de 6 anos espancada e morta no Rio

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, 6 anos, morreu após ser torturada pela mãe e madrasta. Ela levou chutes e socos e foi jogada de barranco

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Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, criança foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, município do Rio de Janeiro
1 de 1 Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, criança foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, município do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/Facebook

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, criança agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, município do Rio de Janeiro, será sepultada neste domingo (25/4).

O pai dela, o autônomo Roger Fabrizius, de 32, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, desabafou sobre o crime bárbaro que chocou o país.

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Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos: criança foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, município do Rio de Janeiro
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Madrasta da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, torturada e morta no Rio

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Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos: criança foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, município do Rio de Janeiro

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Segundo Roger, ele está “à base de remédios”. “Estou arrasado, com o nervo à flor da pele, tentando deixar a ficha cair”, desabafou. E continuou, ao descrever a filha: “Se a pessoa estava triste, ela fazia ficar alegre”.

O enterro da pequena Ketelen será às 14h30 deste domingo, em Japeri, Região Metropolitana do Rio. Ela morreu no sábado (24/4), depois de lutar muito pela vida. A garotinha ficou cinco dias em coma após a barbárie.

Suspeitas de torturar a menina, mãe e madrasta de Ketelen estão presas preventivamente. Gilmara Oliveira de Farias, de 28, e a companheira, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25, moravam juntas desde julho do ano passado.

Roger ficou sabendo que Ketelen havia sido internada na terça-feira (20/4), por meio de relatos de parentes nas redes sociais. Chegou a ver a filha intubada, em situação “muito crítica, mas estável”, em um hospital particular em Resende.

Ele conta que a última vez que viu a filha foi de 2019 para 2020. “A minha mãe falou para a Gilmara deixar a Ketelen na casa dela, mas ela não quis, não queria minha filha perto de mim”, disse, sem dar mais detalhes.

Segundo a mãe da madrasta da criança, que também mora na residência em que Ketelen sofreu as agressões, a violência contra a menina começou no fim da noite de sexta-feira e continuou por pelo menos 48 horas. De acordo com o texto da decisão assinada pelo juiz do caso, foram “socos e chutes por diversas vezes”, além de a vítima ter sido “arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura, e de ser chicoteada com um cabo de TV”, sendo submetida a “intenso sofrimento físico e psicológico”.

De acordo com o magistrado, ambas as agressoras confirmaram o crime. Além disso, o socorro só foi acionado na manhã de segunda-feira (19/4), quando a menina já não apresentava nenhuma reação, “talvez por temerem seu falecimento”.

Outros crimes

Na sentença, o juiz também destacou outros crimes por parte da madrasta. Ela tem passagem na polícia por agredir fisicamente a própria mãe, uma das testemunhas no caso envolvendo Ketelen.

“A prisão merece ser mantida para a conveniência da instrução criminal, diante do fato de que as testemunhas/vítimas, por certo, sentir-se-ão amedrontadas em prestar depoimento estando estas em liberdade”, argumenta o magistrado.

Na audiência, a madrasta disse ter sofrido “violência no ato da prisão”. O juiz Marco Aurélio da Silva Adania determinou, então, que cópias dos autos fossem remetidas à Corregedoria-Geral da Polícia Militar e à Auditoria Militar, “para apurar eventuais agressões praticadas”.

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