Estelionatária de SC que ostentava nas redes dá à luz em dia da prisão
Pai também foi preso; Fernanda Natalina dos Santos Lima, grávida de 39 semanas, deu à luz uma menina na madrugada de quinta (12/5)
atualizado
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Rio de Janeiro – Uma das integrantes da quadrilha de Santa Catarina que deu prejuízos milionários estava grávida e deu à luz a uma menina no dia da prisão, na madrugada de quinta-feira (12/5), na zona sul do Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira (13/5), mãe e filha tiveram alta e foram encaminhadas à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.
A estelionatária Fernanda Natalina dos Santos Lima estava grávida de 39 semanas. Ela chegou a ir até a 14º DP, em Copacabana, junto com o grupo, mas durante os depoimentos, começou a alegar que estava se sentindo mal e com dores.
“Ela foi presa em flagrante e encaminhada para o Hospital Municipal Miguel Couto pela delegacia. As duas estão bem e agora ela será encaminhada para a audiência de custódia”, disse a delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP, ao Metrópoles.
Fernanda teve parto normal. Mãe e filha passam bem e o pai, Willian Teixeira Chicorsky, não teve a chance de conhecer a bebê, já que também foi preso em flagrante junto com Angélica de Jesus Albercht e Diego Luís Pereyra Ferreira, o DG, líder da quadrilha.
Golpes milionários
A quadrilha de Santa Catarina foi presa na saída de uma joalheria no Leblon, zona sul do Rio, na tarde de quarta-feira (11/5). O grupo de estelionatários comprava joias e itens de luxo para revender no Instagram, com dinheiro de golpes aplicados na deep web. Os prejuízos somam mais de R$ 1 milhão.
Nas redes sociais e em festas, a quadrilha ostentava artigos de luxo, passeios de barco, tênis de grife e bolos de dinheiro. Segundo as investigações da 14º DP, eles estavam no Rio há um mês, mas já têm passagens por São Paulo, Nordeste e Balneário Camboriú.
Por meio da deep web, o grupo conseguia dados de vítimas com alto limite bancário. Eles geravam links de pagamentos cujos beneficiários eram os “laranjas” do próprio grupo. Todo o processo era feito com cartões clonados e várias transferências bancárias.
Com os dados roubados, pagavam as despesas do dia a dia, iam a festas e compravam itens de luxo para revender no Instagram, como joias, celulares, perfumes e roupas de grife. O último link de pagamento antes da prisão foi no valor de R$ 100 mil.
A quadrilha era comandada por DG e cada integrante do grupo ficava com 5% do valor de cada golpe. As informações na deep web eram compradas por R$ 250, para acesso a 50 dados pessoais. As investigações foram comandadas pela delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP.
O grupo vai responder por estelionato, associação criminosa e posse de arma de fogo de uso restrito. Já DG, líder da quadrilha, vai responder também por corrupção ativa.
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