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Estátua de Cora Coralina é lacrada em Goiás para evitar aglomerações

Movimento no local era intenso e turistas chegavam a abraçar e até beijar a estátua. Decisão foi tomada por receio da disseminação da Covid

atualizado

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Secretaria de Turismo da Cidade de Goiás
estátua de cora coralina, próxima da ponte na cidade de goiás, foi coberta e lacrada por causa da pandemia
1 de 1 estátua de cora coralina, próxima da ponte na cidade de goiás, foi coberta e lacrada por causa da pandemia - Foto: Secretaria de Turismo da Cidade de Goiás

Goiânia – Recém-inaugurada na cidade histórica de Goiás (GO), a estátua de bronze e em tamanho real da poetisa Cora Coralina precisou ser coberta e lacrada por funcionários da prefeitura, no final da tarde dessa terça-feira (2/3), para conter as aglomerações e a disseminação da Covid-19. Turistas e visitantes que passavam pelo local, apesar do contexto de aceleração da pandemia, paravam, abraçavam, tocavam e até beijavam a estátua.

O ponto de visitação, que é considerado um dos principais da cidade, começou a preocupar a prefeitura e a autoridade sanitária. Ele se localiza do outro lado da ponte do Rio Vermelho, em frente à casa onde a poetisa e doceira viveu parte de sua vida na antiga capital goiana.

Apesar da sanitização de locais públicos, feita diariamente, o movimento excedeu a expectativa. Muita gente parava para fazer fotos ao lado da estátua e sempre tirava a máscara. Percebeu-se, então, a necessidade de tomar alguma medida para não transformar o local em potencial disseminador da Covid-19.

“Todo mundo, quando chega perto, tira a máscara, abraça a Cora e isso estava incoerente demais com o momento que a gente está vivendo. Qualquer pessoa que vem a Goiás, mesmo que seja por um dia ou a trabalho, todo mundo quer passar pelo local, ver a casa da ponte e isso estava gerando um movimento além do esperado”, conta a secretária de Cultura da cidade, Raissa Coutinho.

A decisão, segundo ela, não foi fácil, até porque a estátua foi motivo de alegria para os moradores da cidade. Ela foi inaugurada em dezembro do ano passado, quando completou 19 anos do título de Patrimônio Histórico da Humanidade, concedido pela Unesco ao município. A recomendação, no entanto, foi feita pelo Centro de Operações de Emergências (COE) para o Enfrentamento ao Coronavírus.

Veja como a estátua ficou:

Ponto famoso

Nessa terça, durante o trabalho para cobrir e lacrar a estátua, apesar de ainda não ter uma data para ela ser descoberta, Raissa conta que se apegou ao fato de que um dia tudo voltará ao normal e as pessoas poderão visitar o ponto com tranquilidade, novamente.

O local onde a estátua foi posicionada fica ao lado da ponte que dá acesso à famosa casa, onde Cora Coralina viveu e que hoje é um museu sobre a história, o dia a dia e a trajetória da poetisa, que adorava falar em seus poemas sobre o cotidiano, a vida simples, os tipos, os becos, as ruas históricas e os doces. A casa fica às margens do Rio Vermelho, que corta a cidade de Goiás.

O município, conhecido pelo centro histórico que preserva o acervo arquitetônico original, foi a primeira capital de Goiás, antes do planejamento e criação de Goiânia. Ele está entre as 235 cidades goianas consideradas em nível de calamidade da pandemia pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

A prefeitura local decretou toque de recolher e determinou horários de funcionamento, mesmo para as atividades consideradas essenciais, como supermercados, que podem ficar abertos só até às 19h, de segunda a sexta, e até às 13h aos sábados.

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Estátua de bronze em tamanho real de Cora Coralina foi inaugurada em dezembro de 2020, quando a cidade comemorou 19 anos do título de Patrimônio Histórico da Humanidade
Cidade de Goiás é a antiga capital do estado; para conter avanço da Covid, município decretou toque de recolher
Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Ela nasceu na cidade de Goiás, em 1889, e morreu em 1985, aos 95 anos de idade
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Estátua da poetisa Cora Coralina, na cidade de Goiás, agora lacrada para conter movimento de visitantes. Turistas estavam abraçando e até beijando a estátua, o que gerou receio pela disseminação da Covid-19

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Estátua de bronze em tamanho real de Cora Coralina foi inaugurada em dezembro de 2020, quando a cidade comemorou 19 anos do título de Patrimônio Histórico da Humanidade

Reprodução/Prefeitura da Cidade de Goiás
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Cidade de Goiás é a antiga capital do estado; para conter avanço da Covid, município decretou toque de recolher

Divulgação
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Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Ela nasceu na cidade de Goiás, em 1889, e morreu em 1985, aos 95 anos de idade

Divulgação
Polêmica da estátua

A estátua de bronze tem 1,5 metro de altura, tamanho real da poetisa, e foi feita pelo artista plástico goiano, Cleider José de Souza. Ele fez um protótipo, a partir de maquete visual em 3D e usando fotos de Cora Coralina para auxiliar no criação. Ao todo, o trabalho levou cerca de dois meses para ser feito.

Ela surgiu depois de polêmica gerada pela instalação de uma outra estátua da poetisa, também próxima ao local, em 2019, durante a comemoração dos 130 anos de Cora Coralina. A estátua de argila feita pela escultora Mariana Jácomo, que é natural da cidade, foi alvo de críticas.

Até pessoas da família de Cora Coralina falaram sobre a falta de semelhança entre a imagem e a poetisa. A estátua apresentava uma versão de Cora sentada em um banco próximo à ponte e foi retirada para restauração. Segundo a prefeitura, ela será reinstalada em outro ponto da cidade.

Na época, a escultora chegou a dizer que não se incomodava com as críticas. A filha de Cora Coralina, Vicência Bretas Tahan, que também é escritora, compareceu à inauguração e disse que o resultado não se parecia muito com a mãe, mas que respeitava a visão da artista.

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Estátua, agora, lacrada para conter visitações e movimento de turistas
Dia da inauguração da estátua de argila da poetisa Cora Coralina, na Cidade de Goiás. Versão levantou polêmica, na época, devido à falta de semelhança
Inauguração da estátua de argila da poetisa Cora Coralina, em 2019, contou com presença do governador Ronaldo Caiado (DEM)
Versão anterior trazia Cora Coralina sentada no banco que fica ao lado da ponte da Lapa
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Estátua da poetisa está posicionada próxima à ponte que dá acesso à casa de Cora Coralina

Reprodução
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Estátua, agora, lacrada para conter visitações e movimento de turistas

Reprodução
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Dia da inauguração da estátua de argila da poetisa Cora Coralina, na Cidade de Goiás. Versão levantou polêmica, na época, devido à falta de semelhança

Arquivo Pessoal
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Inauguração da estátua de argila da poetisa Cora Coralina, em 2019, contou com presença do governador Ronaldo Caiado (DEM)

Reprodução
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Versão anterior trazia Cora Coralina sentada no banco que fica ao lado da ponte da Lapa

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