Estado do Rio define toque de recolher e avalia fechar escolas
Medidas restritivas valem para os 92 municípios, que devem agir de forma unificada. Calendário único de vacinação também está em estudo
atualizado
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Rio de Janeiro – O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou, no início da tarde desta sexta-feira (12/3) que decretou toque de recolher em todo o estado entre 23h e 5h, medida que vale a partir de hoje.
O decreto especial que estabelece novas regras para garantir o distanciamento social e contribuir para o enfrentamento da pandemia será publicado ainda nesta sexta-feira em edição extra do Diário Oficial.
As restrições foram debatidas com técnicos e prefeitos e foram elaboradas após o estado fazer a transição da bandeira laranja para a vermelha. Com isso, na próxima semana, o governador vai decidir sobre o fechamento das escolas. Medida que, segundo o secretário de Estado de Educação, Comte Bittencourt (Cidadania), já estaria valendo a partir da próxima segunda-feira (14/3).
“Sei que o secretário Comte anunciou este fechamento imediato, mas revisamos e vamos avaliar melhor na próxima semana. Estamos agindo com cautela e de forma técnica, para que as medidas sejam assertivas”, corrigiu o governador.
Ainda de acordo com o governador, o Rio de Janeiro, a partir desse decreto, volta a entender que é um estado único e não mais de um. “Vamos decidir, por exemplo, a adoção de um calendário único de vacinação, que é uma ideia necessária. E esse decreto vem balizar isso”, explicou.
“Também estamos revendo e estudando soluções para o transporte. Por sugestão do próprio comércio, estamos escalonando os horários de funcionamento para diminuir a aglomeração nos carros”.
A publicação estabelece ainda regras para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, seguindo os moldes das medidas adotadas na capital, como a proibição de boates, rodas de samba e casas de espetáculo.
Bares e restaurantes poderão funcionar até 23h, com 50% de ocupação dos espaços. “Mas isso é a posição do estado. Neste caso, os municípios podem restringir ainda mais”, disse.