Estado de São Paulo entra na fase vermelha, com exceção da Baixada Santista
Prefeitos das nove cidades da Região Metropolitana de Santos, porém, instalarão barreiras sanitárias e bloquearão praias na virada do ano
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Desta sexta-feira (25/12) até domingo (27/12), o estado de São Paulo entra na fase vermelha do plano de contenção da Covid-19. Na segunda-feira (28/12), parte do estado retorna à fase amarela, voltando novamente para a vermelha entre os dias 1º e 3 de janeiro.
Na fase vermelha, apenas farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, meios de transporte coletivos (ônibus, metrô e trem), serviços de hotelaria e delivery de restaurantes e lanchonetes estarão autorizados a funcionar.
Na fase amarela, salões de beleza, shoppings, comércio em geral, restaurantes e lanchonetes, academias e cinemas poderão funcionar, porém com horário e capacidade de atendimento reduzidos.
Esse esquema não vale para a região de Presidente Prudente, no extremo oeste do estado, e para os municípios da Baixada Santista. O aumento expressivo de casos de Covid-19 fará toda a região de Presidente Prudente permanecer na fase vermelha.
Já os nove prefeitos da Região Metropolitana de Santos (Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Peruíbe e Mongaguá) se recusaram a aderir à fase vermelha. No entanto, as praias estarão bloqueadas nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, com a colocação de barreiras sanitárias para impedir o acesso de vans e ônibus de turismo a essa faixa do litoral de São Paulo.
Para Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), a mudança de fase foi anunciada em cima da hora. “Precisamos de organização, o que seria impossível nesse tempo tão curto. Assim, a capacidade de fiscalização dos municípios fica comprometida”, declarou.
Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alfredo Cotait Net, a decisão do governo de restringir o comércio foi acertada.
“As novas restrições ao funcionamento do varejo vão aumentar as dificuldades do setor, mas, considerando a situação atual de agravamento da pandemia, fazem-se necessárias”, afirma Cotait Neto, que emenda um apelo ao governador João Doria.
“Os custos das medidas restritivas foram bastante significativos para as empresas, especialmente para as menores. Essas ainda deverão suportar muitas dificuldades até que a economia retorne à normalidade. Apelo também para que o governador João Doria Jr. considere a situação das empresas e de grande parte da população, suspendendo o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), previsto para entrar em vigor em janeiro, que terá um impacto significativo sobre os preços”, afirmou Cotait Neto.