“Esse ciclo acabou”, diz Caiado sobre crises no governo de Bolsonaro
De acordo com o governador de Goiás, Bolsonaro deve retomar a agenda de viagens pelo Brasil e iniciar um novo ciclo no governo
atualizado
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Após reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o governador do Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), afirmou que, para o presidente, o “período de crise está terminado”. “Vamos fazer um corte temporal. Hoje, a disposição do presidente é outra”, afirmou.
“Agora vamos ter um ciclo virtuoso com diálogo aberto e com resultados para a população”, prosseguiu Caiado. Para ele, “mais do que nunca”, Bolsonaro e o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trabalham para “dar celeridade às reformas e ações concretas” do governo. “Ele realmente quer um ponto final a qualquer relação com crise”, garantiu.
Segundo o governador, Bolsonaro deve começar a se encontrar com parlamentares a partir de semana que vem, e só não começou com as articulações no Congresso Nacional por “falta de tempo”, devido aos problemas de saúde e as viagens internacionais realizadas.
“O estado de espírito do presidente é fazer aquilo que durante 28 anos ele praticou, que é a convivência com parlamentares e chamar os partidos para debate”, disse Caiado, sobre o período em que o hoje presidente foi deputado federal. “Ele sabe a importância do Congresso e eu senti total abertura para diálogo“, completou.
De acordo com o governador, o novo passo do governo de Bolsonaro vai ser retomar a agenda de viagens pelo Brasil e resgatar o sentimento de mudança na população. Caiado disse que, devido à recuperação da facada que levou, o capitão da reserva ainda não se sentiu em condições de viajar como no período eleitoral.
O discurso de Caiado nesta quarta contrasta com o que ele disse na terça-feira (26) após reunião com outros governadores e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na ocasião, Caiado cobrou celeridade do ministro e propostas de curto prazo.
“Vamos no passo a passo, não vamos suprimir etapas. Discutir o programa de recuperação fiscal é a prioridade máxima. Outras questões, se vai desvincular, se vai ter pacto federativo, de dinheiro do pré-sal, são outras situações. Precisamos antes de uma sobrevivência, de um tratamento imediato”, disparou.