Esposa de Dom fala em fim da angústia e vê início de busca por justiça
Suspeito de assassinar jornalista e indigenista confessou o crime e indicou local onde os corpos foram enterrados
atualizado
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Alessandra Sampaio, esposa do jornalista britânico Dom Phillips, que desapareceu junto ao indigenista Bruno Araújo Pereira em 5 de junho, divulgou uma nota depois que a força-tarefa responsável pelo caso confirmou que os corpos foram encontrados, após confissão dos suspeitos.
Enquanto afirma que o “desfecho trágico põe um fim à angústia de não saber o paradeiro de Dom e Bruno”, Alessandra ressalta que, agora, “se inicia também nossa jornada em busca por justiça”.
Os restos humanos encontrados nesta quarta-feira (15/6), após reconstituição do caso feita com a presença do suspeito, serão enviados para Brasília, onde será feita uma perícia para confirmar a identidade das vítimas.
“Agradeço o empenho de todos que se envolveram diretamente nas buscas, especialmente os indígenas e a Univaja”, destacou Alessandra. Ela prestou solidariedade a Beatriz Matos, esposa de Bruno, e toda sua família.
Conforme antecipou a coluna Na Mira, do Metrópoles, a PF localizou os restos mortais das vítimas nesta quarta, no local onde estavam sendo feitas as escavações.
De acordo com o superintendente regional da PF do Amazonas, Eduardo Fontes, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, apontou voluntariamente onde enterrou os corpos e onde afundou a embarcação.
O superintendentes explicou que a lancha em que as vítimas estavam foi localizada e será recuperada nesta quinta-feira (16/6). De acordo com o testemunho de Pelado, eles retiraram o motor da embarcação e colocaram sacos de areia para afundá-la.
Eduardo Fontes ainda ressaltou que, além dos dois homens que já estão presos, há uma terceira pessoa suspeita de ter participado do crime. “Novas prisões devem ocorrer a qualquer instante”, afirmou.
Veja a íntegra do pronunciamento de Alessandra Sampaio:
“Embora ainda estejamos aguardando as confirmações definitivas, este desfecho trágico põe um fim à angústia de não saber o paradeiro de Dom e Bruno. Agora podemos levá-los para casa e nos despedir com amor.
Hoje, se inicia também nossa jornada em busca por justiça. Espero que as investigações esgotem todas as possibilidades e tragam respostas definitivas, com todos os desdobramentos pertinentes, o mais rapidamente possível.
Agradeço o empenho de todos que se envolveram diretamente nas buscas, especialmente os indígenas e a Univaja. Agradeço também a todos aqueles que se mobilizaram mundo afora para cobrar respostas rápidas.
Só teremos paz quando as medidas necessárias forem tomadas para que tragédias como esta não se repitam jamais. Presto minha absoluta solidariedade com a Beatriz e toda a família do Bruno”.
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