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Esposa de Bruno diz que espírito dele “está espalhado pela floresta”

Restos do corpo do indigenista foram encontrados nessa quarta-feira (15/6), após 10 dias de busca no Vale do Javari (AM)

atualizado

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Bruno e Beatriz
1 de 1 Bruno e Beatriz - Foto: Reprodução

A esposa do indigenista Bruno Pereira, Beatriz Matos, se manifestou pela primeira vez nesta quinta-feira (16/6) após a Polícia Federal confirmar a descoberta dos corpos de seu marido e do jornalista Dom Phillips.

“Agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior”, escreveu em uma publicação no Twitter.

Bruno e Dom estavam desaparecidos desde 5 de junho, quando saíram em expedição no Vale do Javari (AM). Na quarta-feira (15/6), a Polícia Federal (PF) confirmou ter encontrado restos humanos na região que foi apontada por um dos suspeitos como o local onde os corpos foram escondidos.

PF faz buscas nesta quinta para encontrar o barco usado pelas vítimas. O possível local, segundo a investigação, foi apontado por Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, um dos suspeitos no caso. Ele está preso e confessou parte do crime.

Ao menos cinco pessoas são investigadas por suposto envolvimento nas mortes. Além dos irmãos presos, um terceiro teria auxiliado na execução; outro, na ocultação dos corpos; e o quinto seria o mandante.

Os corpos desembarcaram no hangar da Polícia Federal (PF) noite desta quinta-feira, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. A partir de agora, serão submetidos a exame de identificação e perícia, que deve ser concluída até a próxima semana.

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Polícia Civil do AM faz investigações sobre assassinatos de Dom e Bruno
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Vítima

Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. Em 2019, após combater mineração ilegal em terras indígenas, Bruno foi dispensado do cargo de chefia.

A exoneração do servidor ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um projeto para liberar garimpos nas reservas.

O indigenista estava licenciado da Funai e fazia parte do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Bruno era alvo constante de ameaças, devido ao trabalho desempenhado junto aos indígenas, contra invasores.

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