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“Abin paralela” espionou 30 mil pessoas durante o governo Bolsonaro

Investigação sobre uso ilegal de ferramentas da Abin motiva operações da PF que já tiveram como alvos Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro

atualizado

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Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ)
1 de 1 Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Pelo menos 30 mil pessoas, entre elas autoridades, foram monitoradas de forma ilegal pela Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicam investagções da Polícia Federal. 

Na semana passada, a PF realizou buscas contra o ex-diretor geral da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL) e também contra outros suspeitos de envolvimento em espionagem ilegal. Nesta segunda-feira (29/1), uma nova fase da operação foi deflagrada, tendo como um dos principais alvos o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho 02 do ex-presidente.

De acordo com as investigações, as operações supostamente ilegais da Abin utilizaram um software israelense, o FirstMile, e, por esse motivo, os dados adquiridos através do monitoramento de cidadãos brasileiros eram armazenados fora do país. Ainda segundo Andrei Passos, atual diretor da PF, os alvos eram pessoas de posição contrária ao de Bolsonaro, entre eles juízes, políticos, mas também professores, jornalistas e sindicalistas.

Entre as autoridades ilegalmente monitoradas por um software espião da Abin, estariam os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, hoje ministro da Educação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A primeira fase da operação fez buscas em endereços ligados à Abin e a ex-dirigentes, como Ramagem. A fase desta segnda mira spostos beneficiários de relatórios da “Abin paralela”.

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