Especialista avalia que é “absurdo” o BRT do Rio continuar circulando
Sistema de corredores expressos está colapsado e segue sem fiscalização do cumprimento das medidas sanitárias ou multas por irregularidades
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O abandono do sistema BRT e a falta de fiscalização do cumprimento das medidas sanitárias, que não vem sendo aplicada nos veículos articulados, seguem produzindo cenas de desrespeito e uma rotina de exposição dos passageiros ao contágio pela Covid-19.
Especialistas garantem o sistema está colapsado e é uma fonte de contaminação inesgotável. “É um absurdo que o BRT continue circulando do jeito que está, lotado, sem qualquer distanciamento”, avalia a médica e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo.
Mesmo com o novo escalonamento dos horários das atividades econômicas, os ônibus continuam superlotados e com passageiros viajando sem máscaras. As alterações nos horários foi decretada há três dias e estabeleceu que serviços operem das 8h às 17h, a administração pública, das 9h às 19h, e o comércio em geral, das 10h30 às 21h.
Veja vídeo:
Com um ônibus quebrado na pista exclusiva, a Estação Madureira do corredor Transcarioca recebeu mais passageiros que a capacidade e as filas se formaram dentro e fora espaço das plataformas de embarque.
“É um absurdo a gente ser submetido a isso. E ainda tem que entrar num ônibus lotado com várias pessoas sem máscaras”, desabafa Vilma Nascimento, de 56 anos.
O Metrópoles questionou a Prefeitura do Rio e, como em outras ocasiões, não há resposta sobre como é feita a fiscalização sanitária do sistema, multas aplicadas e quando a administração municipal vai assumir a operação do sistema, anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (DEM), que chegou a dizer que “BRT trata os passageiros como gado”.