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“Escolho a que estiver mais perto”, diz ejaculador de ônibus à polícia

Diego Novais foi preso pela segunda vez esta semana por agredir sexualmente mulheres em transportes públicos da capital paulista

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BRUNO ROCHA/FOTOARENA/ESTADAO CONTEUDO
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1 de 1 diegoedelegado - Foto: BRUNO ROCHA/FOTOARENA/ESTADAO CONTEUDO

Depois de ser preso pela segunda vez esta semana por violentar mulheres em transportes públicos na cidade de São Paulo, Diego Novais, de 27 anos, disse à polícia que não escolhe suas vítimas antes de assediá-las. “A que estiver mais perto, no momento e no lugar certo”, confessou ao delegado.

Diego havia sido preso na última terça-feira (29/8), após ejacular em uma mulher em um ônibus na Avenida Paulista. No dia seguinte, o juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto liberou o suspeito, alegando que não havia elementos para enquadrá-lo no crime de estupro. Na manhã deste sábado (2/9), ele acabou preso novamente acusado de mais um crime sexual na mesma região do anterior.

Ainda em depoimento, Diego disse que “começou a ter problemas” em 2006, depois de se recuperar de um acidente de carro. À Folha de S. Paulo, o delegado Rogério Nader, da 78ª DP, disse que “problemas nesse sentido” (sexuais), no entanto, só começaram a aparecer em 2010.

O acusado diz que nunca foi casado e que vive com o pai e a mãe na região de Interlagos, na capital paulista. Quando foi “tomado pelo desejo sexual”, ele estava justamente no ônibus a caminho de casa.

Em entrevista ao jornal Agora, a mãe de Diego, Iracema Moraes, de 49 anos, confirmou a versão do filho. Disse que ele mudou de comportamento após sofrer o acidente e passar por cirurgias no cérebro. Ela acredita que o filho precisa de tratamento psiquiátrico.

Meu filho não é ruim. Quero que ele passe por tratamento”, pediu. Segundo a mulher, até o acidente, Diego trabalhava com o pai, instalando tacos de madeira. Depois de ficar 15 dias em coma no Hospital das Clínicas e se recuperar das duas cirurgias, passou a viver de bicos. Como sequela, teria perdido o olfato e o paladar, apresenta sangramentos nasais frequentes e virou um “garoto silencioso e agressivo”.

Iracema Moraes, mãe do acusado de violentar mulheres em transportes públicos em SP

O primeiro registro policial por comportamento sexual agressivo de Diego é de 2009. A família, no entanto, diz que só ficou sabendo dos casos em 2014, quando ele foi preso pela primeira vez.

“No ano passado, moradores da comunidade aqui perto vieram avisar que deveríamos tomar uma providência, porque ele estava molestando mulheres nas lotações. Tentamos manter ele em casa, mas é difícil”, disse a mãe.

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