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Escola em SP: mãe quer investigação por tentativa de homicídio de bebê

Bebê de 1 ano e 8 meses teve quadro respiratório grave e foi levado para hospital. Defesa aponta indícios de asfixia e pede investigação

atualizado

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Bebê de 1 ano e 8 meses teve uma parada cardiorrespiratória no hospital após sair da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica
1 de 1 Bebê de 1 ano e 8 meses teve uma parada cardiorrespiratória no hospital após sair da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica - Foto: Arquivo Pessoal

São Paulo – Um bebê de 1 ano e 8 meses teve um quadro respiratório grave no hospital, no fim do ano passado, após sair da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, que é investigada por maus-tratos e tortura.

As advogadas da mãe da criança entraram com uma petição na sexta-feira (1°/4) para apontar novo crime e pedir que Roberta Regina Rossi Sermediretora e proprietária do colégio, seja investigada por tentativa homicídio qualificado por emprego de asfixia.

Roberta está foragida desde 22/3, quando a polícia tentou pela primeira vez prendê-la. Sua prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 21/3.

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Bebê de 1 ano e 8 meses chegou ao hospital em estado grave após sair da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica
As investigaçõesapontam que dona da escola ordenava que funcionárias dessem dipirona para crianças ficarem com a pressão baixa e dormirem
“Há relatos de narcotização das crianças para que elas se acalmem, com a ministração de antitérmicos”, escreveu a promotoria
Uma ex-professora dos alunos de 1 a 3 anos de idade disse à polícia que refeições eram oferecidas às crianças usando uma mesma colher e prato para todas
Fernanda Carolina Rossi Serme da Silva, irmã e sócia de Roberta, foi indiciada pela polícia
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Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica está sendo investigada pelo Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), da 8ª Delegacia Seccional

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Bebê de 1 ano e 8 meses chegou ao hospital em estado grave após sair da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica

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As investigaçõesapontam que dona da escola ordenava que funcionárias dessem dipirona para crianças ficarem com a pressão baixa e dormirem

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“Há relatos de narcotização das crianças para que elas se acalmem, com a ministração de antitérmicos”, escreveu a promotoria

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Uma ex-professora dos alunos de 1 a 3 anos de idade disse à polícia que refeições eram oferecidas às crianças usando uma mesma colher e prato para todas

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Fernanda Carolina Rossi Serme da Silva, irmã e sócia de Roberta, foi indiciada pela polícia

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Justiça decretou prisão preventiva de Roberta Serme, dona e diretora da escola infantil Colmeia Mágica, irmã de Fernanda

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Mães denunciaram machucados e filhos doentes após escola ser acusada de maus-tratos em SP

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Mãe relata que menino se machucou na escola

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Escola infantil de São Paulo amarrava crianças em lençóis, como se fossem camisas de força

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Relatos apontam que crianças sofriam diversos tipos de maus-tratos

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Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, localizada na Vila Formosa, zona leste de São Paulo

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As advogadas Nathalia Ramos Martella e Ana Carolina Badaró, que representam a mãe Bruna Naviskas, pediram ainda que o prontuário médico e outros laudos a respeito da saúde do bebê sejam averiguados pela investigação.

Mensagem da diretora

A mãe relatou que, em 16/12/21, a diretora mandou áudios pedindo que ela fosse buscar o filho na escola para levá-lo ao pronto-socorro.

Roberta teria afirmado que a criança estava com diarreia, “muito chorosa”, “com uma tosse impossível de aguentar” com rouquidão e que tinha chegado a vomitar “catarro”.

Entrada no hospital

Bruna, então, levou o filho, Theo, para um hospital particular. Na ficha de atendimento do menino, consta que ele deu entrada com cianose nas extremidades e foi levado para a sala de emergência.

“Ou seja, a pontinha dos dedos azuis ou roxas, isso é muito condizente com asfixia. Ele foi tratado com protocolo sepse, que é uma emergência”, disse Martella ao Metrópoles.

A criança ficou um dia internada. “Foram feitos muitos exames e não foi encontrado nada que apontasse uma infecção respiratória, como pneumonia, Covid. Então, não foi explicado porque ele chegou com quadro respiratório grave”, afirmou a advogada.

Asfixia

Na petição de novo crime, a defesa da mãe relaciona o quadro de saúde do bebê com a suposta prática de Roberta de colocar cobertores nos rostos das crianças para abafar o choro.

Os depoimentos de ao menos duas professoras relatam que a diretora teria feito isso com bebês. “Nós, como assistentes de acusação, entendemos como tentativa de homicídio”, afirmou Nathalia, advogada dos pais de Theo.

Três meses depois dessa internação, o bebê de 1 ano e 8 meses passa por tratamento psicológico, psiquiátrico e faz acompanhamento com fonoaudiólogo.

A reportagem do Metrópoles procurou defesa de Roberta Regina Rossi Serme, mas até o momento não obteve resposta.

Denúncias

A Colmeia Mágica, que atendia de bebês a crianças de 5 anos, é investigada, desde 10 de março, pelos crimes de tortura, maus-tratos, periclitação de vida, que é colocar a saúde das crianças em risco, e submissão delas a vexame ou constrangimento.

Gravações que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos. Os alunos também aparecem recebendo alimentação em um banheiro. Confira um dos vídeos feitos na escola:

Em nota divulgada em 16/3, Roberta e Fernanda Serme, diretora e vice-diretora da instituição, afirmaram que as denúncias de pais de alunos e professores são “incabíveis, inverídicas e aterrorizantes“. As representantes da entidade alegaram ainda que estavam sendo acusadas “cruel e injustamente”, sem comprovação confiável.

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