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Escola de GO faz alerta sobre Round 6: “Gatilho para problemas psicológicos”

“A série em questão tem classificação indicativa de 16 anos e traz cenas explícitas de violência, tortura e morte”, diz comunicado da escola

atualizado

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1 de 1 round-6 - Foto: Divulgação

Goiânia – A série Round 6, exibida pela Netflix, está dando o que falar desde o seu lançamento. Na capital goiana, o Colégio Agostiniano – Nossa Senhora de Fátima, um dos mais tradicionais da cidade, com turmas que vão do ensino infantil ao médio, enviou um comunicado reflexivo aos pais e responsáveis pelos alunos sobre o conteúdo do programa.

Nesta semana, Round 6 bateu recordes de audiência e se tornou a série mais assistida da plataforma de streaming. Com conteúdo violento associado a brincadeiras infantis, a série também se transformou em preocupação, já que tem atraído um público de crianças e adolescentes.

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Round 6 virou a série mais vista da Netflix
Cada pessoa ganha um biscoito e precisa destacar sem quebrar
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Polícia da Espanha emite alertas sobre cartões parecidos com Round 6
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Especialista explica o impacto negativo que ela pode causar nas pessoas

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Round 6 virou a série mais vista da Netflix

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Cada pessoa ganha um biscoito e precisa destacar sem quebrar

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Polícia da Espanha emite alertas sobre cartões parecidos com Round 6

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A trama conta com nove episódios e foi assistida por mais de 142 milhões de pessoas em todo o mundo

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Round 6

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A série se tornou a mais assistida da plataforma

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Acompanhamento

Na reflexão enviada aos pais, o colégio aborda a importância do acompanhamento dos pais aos conteúdos consumidos pelos filhos, para que estejam adequados à idade de criança.

“A série em questão tem classificação indicativa de 16 anos e traz cenas explícitas de violência, tortura psicológica e morte, associada a brincadeiras infantis, o que acaba atraindo a curiosidade, principalmente das crianças. Considerando que muitos ainda estão frágeis e sensíveis diante de tudo o que vivemos, esse tipo de conteúdo pode se tornar um gatilho para outros problemas psicológicos”, diz o documento.

“A facilidade de acesso e a ampla disponibilidade de conteúdo tornam bastante difícil que pais e responsáveis acompanhem tudo o que eles acessam. […] Expô-los a conteúdos que incitam violência, paranoias, impulsos suicidas e muitas outras coisas negativas provavelmente não fará bem a eles, já tão fragilizados por enfrentaram um período pandêmico“, acrescenta.

“Felizes e seguras”

Por meio de nota, o colégio afirmou ao Metrópoles que ” com o aumento da participação presencial dos alunos, é perceptível o quanto a pandemia e o isolamento fizeram com que eles ficassem mais íntimos das mídias digitais, dos jogos em redes, dos serviços de streaming e isso amplia muito o acesso a diferentes conteúdos”.

A instituição declarou ainda que acredita em ações como essa colaboram com a saúde mental dos alunos e reforçam o desejo de ver todas as crianças e adolescentes “sempre felizes e seguras”.

“Não é para crianças”

No Rio de Janeiro, a Escola Aladdin enviou a pais e responsáveis uma carta para falar a respeito da série coreana Round 6. No documento, os profissionais demonstram preocupação com o fato de alunos do ensino fundamental assistirem à produção, alguns inclusive com os pais. A carta cita que a série, com nove episódios, contém “violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cenas de sexo, pederastia e palavras de baixo calão”.

Em Fortaleza (CE), o Colégio Daulia Bringel fez um alerta aos pais no mesmo sentido. “A série, que tem classificação indicativa de 16 anos, está sendo assistida por crianças que estão se expondo a temas de violência, tortura psicológica, suicídio, assassinato, tráfico de órgãos, desonestidade, cenas de sexo, dentre outros”, assinalou.

Recomendação médica

A presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) e integrante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Kátia Telles Nogueira, afirma que a exposição a conteúdos inadequados de entretenimento pode, de fato, atrapalhar o desenvolvimento infantil.

“Os pais precisam estar mais próximos à realidade dos filhos. Muitos não têm ideia do conteúdo das séries e jogos que as crianças estão consumindo”, ressalta.

Ela também reforça que é preciso impor limites. “Os pais não podem ter medo de contrariar as crianças, elas têm que entender que ‘não é não’”, afirma.

A médica sugere que os pais controlem o tempo de tela e que estejam junto aos filhos se a decisão for permitir que eles tenham acesso à conteúdo não recomendado para a idade. “A melhor saída é realmente o diálogo, isso permite que os pais conheçam melhor as opiniões, os medos e as inseguranças dos filhos”, afirma.

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