Esclareça as principais dúvidas sobre o Concurso Unificado
Saiba o cronograma do concurso, informações sobre os blocos temáticos, salários previstos e dicas de professores
atualizado
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O Concurso Nacional Unificado (CNU), também conhecido como “Enem dos Concursos”, teve seus editais divulgados em 10/1). A prova, prevista para ocorrer no dia 5 de maio em 220 municípios, será dividida em três etapas e, ao todo, oferece mais de 6 mil vagas de nível médio e superior para 21 diferentes órgãos públicos. De acordo com o governo, são esperados 5 milhões de candidatos.
Nesta matéria você encontra:
- Informações sobre as inscrições e os blocos temáticos;
- Os órgãos públicos que participam do CNU e os salários previstos para cada vaga;
- Por onde começar a estudar;
- E dicas dos professores.
O Metrópoles conversou com o professor de direito constitucional, Douglas Oliveira, e com o professor de direito administrativo e fundador do Direção Concursos, Erick Alves, para que as principais dúvidas sobre o concurso fossem sanadas.
Inscrição e blocos temáticos
As inscrições para o Concurso Nacional Unificado começam no dia 19 de janeiro e se estendem até 9 de fevereiro. Através do site do Governo Federal, os candidatos deverão preencher formulário e anexar os documentos previstos no edital.
A taxa da inscrição para as vagas de nível médio é R$ 60, já para as de nível superior será cobrado R$ 90. Há isenção do valor para pessoas que forem beneficiárias do CadÚnico, doadoras de medula óssea, bolsistas do Prouni e pessoas financiadas pelo Fies.
Sobre candidatos que terminam o ensino superior em dezembro de 2024, o professor Erick Alves, fundador do Direção Concursos, afirma que é necessário saber que a previsão inicial de posse é para 5 de agosto.
“Sabemos que concursos públicos em geral estão sujeitos a alguns atrasos. Os cargos que possuem curso de formação demorarão mais para dar posse aos aprovados, o que pode dar um fôlego para que o interessado termine a graduação. De toda forma, conheço alguns casos de concurseiros que acertaram cronogramas especiais com instituições de ensino para conquista do diploma em tempo hábil. Converse com a sua faculdade”, aconselha o professor.
Erick ainda explica que o CNU será dividido em blocos temáticos. “O governo tentou agrupar carreiras com atuações minimamente semelhantes e agrupou em blocos temáticos. Os cargos de nível médio, por exemplo, estão todos em um único bloco, com vagas para IBGE, Funai e MAPA”, explica o professor Erick Alves.
Ao todo serão 8 blocos:
- Bloco 1: Administração e Finanças Públicas;
- Bloco 2: Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação;
- Bloco 3: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
- Bloco 4: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Bloco 5: Políticas Sociais, Justiça e Saúde;
- Bloco 6: Trabalho e Previdência;
- Bloco 7: Dados, Tecnologia e Informação;
- Bloco 8: Nível Intermediário.
“O candidato deverá escolher um dos blocos temáticos e depois indicar os cargos desejados e a prioridade dentro dos oferecidos em cada bloco”, diz Douglas Oliveira, professor do Direção Concursos. Os participantes podem se inscrever para mais de uma vaga, desde que as carreiras façam parte do mesmo bloco. Cada bloco tem um edital próprio.
Caso necessário, a alteração de área deve ser feita até o final do período de inscrição, ou seja até o dia 9 de fevereiro.
Confira as vagas disponíveis em cada bloco:
Órgãos públicos e salários
O “Enem dos Concursos” ofertará 6.640 vagas no serviço público federal em 21 órgãos diferentes. “O CNU é um dos maiores concursos da história do país. São oportunidades para diversos perfis de atuação. É muito provável que haja uma vaga com seu perfil”, afirma o professor Erick Alves.
Os seguintes órgãos públicos disponibilizam vagas no Concurso Unificado Nacional:
- Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos – MGI
- Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
- Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA & Instituto Nacional de Meteorologia – INMET:
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI
- Advocacia Geral da União – AGU:
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI
- Ministério da Saúde – MS
- Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC
- Ministério da Educação – MEC
- Ministério do Planejamento e Orçamento – MPO
- Ministério da Cultura – MinC
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP
- Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
- Ministério dos Direitos Humanos – MDH
- Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC
- Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ
- Ministério dos Povos Indígenas – MPI
Os salários variam de acordo com o cargo e podem chegar a até R$ 22 mil. Veja abaixo os salários previstos nos editais.
Por onde começar e locais de prova
Para o professor Erick Alves, o primeiro passo e desafio deve ser escolher em qual bloco temático o candidato irá se inscrever. “É importante lembrar que o aprovado irá trabalhar com aquilo por muito tempo, então sugiro que busque uma área com afinidade. A partir da escolha, não tem muito segredo: estudar, estudar e estudar”, diz Erick.
“Cada bloco possui os próprios eixos temáticos. O candidato deve se preocupar unicamente com o edital do bloco escolhido. O ideal é desenhar um cronograma que abarque as disciplinas, com foco nas que o concurseiro possuir mais dificuldade”, completa Alves.
Na opinião dele, por ser um novo modelo de prova, o CNU abriu muito espaço para o acaso e aumentou as chances para iniciantes. “É como se o edital quase que igualasse a briga. Claro que concurseiros mais experientes têm alguns truques por causa da experiência, mas faz parte do jogo. A dica é entender 100% o bloco que você almeja, com a escolha feita, não voltar atrás. Isso vale para novatos e veteranos”, aconselha.
Já na opinião do professor Douglas, a principal dica é aproveitar o tempo disponível. “Aproveitem ao máximo (o tempo) para os estudos até à data da prova. Descansem quando necessário, mas não desistam. Muitos desistirão ao longo do processo e antes da posse, mas você, agora, só para empossado com crachá e funcional de servidor público efetivo”, encoraja o professor
Para ele a primeira preocupação do participante deve ser com o material de estudo. “Com muitas questões e exercícios disponíveis”, ressalta. “Uma das vantagens dessa prova é que não serão necessários longos deslocamentos para a sua realização”, opina. Ao todo, 220 cidades realizarão a prova.