1 de 1 Mosquitos Aedes aegypti dentro de um tubo transparente - Metrópoles
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São Paulo – Os casos de dengue e os óbitos pela doença seguem aumentando no Brasil, de acordo com dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. De janeiro até 21 de maio de 2022, ocorreram 382 óbitos por dengue, um aumento de 138,7% quando comparado ao mesmo período de 2021.
Em relação aos casos, até a segunda semana de maio foram 855.910 casos prováveis de dengue – uma taxa de incidência de 401,2 casos por 100 mil habitantes – no país, um aumento de 165,7% de casos registrados para o mesmo período em 2021.
Ainda segundo o boletim epidemiológico da pasta, de 2019 a 2022, foram 2.042 óbitos por dengue no Brasil – a maioria ocorreu no período pré-pandêmico.
Mas o surto não atinge todo o país de maneira uniforme. Neste período de três anos, as maiores taxas de incidência ocorreram em Goiás, com 5.101,9 casos por 100 mil habitantes, seguido de Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, todas na região Centro-Oeste.
Já a taxa de mortalidade foi maior proporcionalmente em São Paulo, com 579 óbitos entre 2019 e maio de 2022, Paraná, com 268 óbitos no período, e Minas Gerais, que somou 219 mortes.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Devido a situação de agravamento da dengue, em 9 de maio foi instalada a Sala de Situação Nacional de Arboviroses Urbanas na Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, para pensar estratégias para redução do número de casos graves da doença e evitar óbitos.
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