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ES começa processo de demissão de 161 PMs que aderiram à paralisação

No total, 703 policiais são investigados por envolvimento no motim, que chega nesta terça-feira (14/2) ao 11º dia

atualizado

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GILSON BORBA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
MULHERES DE PM PERMANECEM NO QUARTEL DA PM EM VITÓRIA
1 de 1 MULHERES DE PM PERMANECEM NO QUARTEL DA PM EM VITÓRIA - Foto: GILSON BORBA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A Polícia Militar do Espírito Santo iniciou nesta segunda-feira (13/2) processo para demitir 161 policiais militares que aderiram à paralisação que já dura 11 dias. No total, 703 agentes são investigados por envolvimento no protesto.

Além dos procedimentos de demissão, serão publicados no Diário Oficial do estado desta terça (14) os primeiros Inquéritos Policiais Militares (IPMs) referentes a dois tenentes-coronéis, um major e um capitão da reserva. Esses são os primeiros IPMs instaurados em relação ao aquartelamento. E têm prazo inicial de 30 dias para conclusão.

Nas conversas para liberar os batalhões, mulheres e mães de policiais colocaram como exigência a não punição dos PMs que não trabalharam. Nesta segunda, após nova rodada de negociações, o governo capixaba não aceitou a proposta das mulheres e associações da categoria.

Na nova tentativa, elas abriam mão do reajuste imediato de 43% aos policiais, mas exigiam a incorporação de benefícios e anistia total. Em nota, o estado diz que, embora as entidades reconheçam “as condições limitadas do governo” para reajuste, há pleitos que impactam o orçamento.

Nesta segunda, a Grande Vitória voltou a ter um dia normal, com a reabertura de escolas e do comércio. Ao menos 1.743 PMs voltaram ao trabalho, o que representa 17% do efetivo do estado. Houve ainda grandes filas em bancos e casas lotéricas.

Brasília
Integrante da “bancada da bala” —  frente composta por políticos que lutam pelo direito de autodefesa individual armada —, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) apresentou nesta segunda um projeto que anistia PMs capixabas por “atuação em movimentos reivindicatórios”. A proposta vai na contramão da orientação do Planalto.

Na justificativa, Fraga diz que os policiais estão há quatro anos sem reajuste e o governo estadual aprovou reformas que impuseram a criação de um regime de previdência complementar, o que ele considera inconstitucional. “Diante da flagrante contraprestação do Estado e contínua precariedade das condições de trabalho, os militares ficaram sem opções.”

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