Equipamento israelense ajudou na investigação do caso Henry
Cellebrite Premium foi o dispositivo usado para recuperar as mensagens ou imagens apagadas dos telefones apreendidos com Jairinho e Monique
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O trabalho de inteligência e investigação dos agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) contou com uma ferramenta que se tornou a principal arma de apuração do caso Henry Borel Medeiros: o Cellebrite Premium, dispositivo israelense capaz de recuperar mensagens ou imagens apagadas em qualquer equipamento eletrônico – como os celulares apreendidos com a mãe do menino, a professora Monique Medeiros, e com o padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. O casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8/4).
Durante coletiva de imprensa na qual os delegados envolvidos no caso detalharam a investigação e os elementos que fundamentaram a prisão de Jairinho e Monique, o titular da 16ª DP, Henrique Damasceno, agradeceu a disponibilização do equipamento, fundamental para elucidar o caso. Chefe de polícia da capital, o delegado Antenor Lopes também comemorou o uso da ferramenta.
“Não existiu interferência política de quem quer que seja. O Henrique teve liberdade total. O governador nos ajudou com o Cellebrite, sendo muito importante”, disse o delegado. Os celulares do casal foram apreendidos no dia 26 de março, e a Secretaria da Polícia Civil pagou pelo dispositivo no dia 31.
O Cellebrite é usado em poucos departamentos de perícia criminal brasileiros – o dispositivo israelense ficou famoso no país ao ser usado na Lava Jato. No Rio, o Ministério Público era o único a dispor de um.