Envolvidos na morte de João Beto viram réus; seguranças continuam presos
Adriana Alves Dutra, fiscal da loja que acompanhou os seguranças enquanto eles agrediam João, recebeu prisão domiciliar
atualizado
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Os seis envolvidos na morte de João Alberto Silveira Freitas, o João Beto, agredido covardemente até a morte no estacionamento de uma loja Carrefour em Porto Alegre (RS), viraram réus nesta sexta-feira (18/12). A decisão é do Tribunal de Justiça. O grupo responderá por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima).
O pedido de prisão de Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários da loja, e de Paulo Francisco da Silva, que atuava na empresa de segurança terceirizada Vector, foi negado. As informações são do G1.
Mesmo tendo a prisão negada, eles ainda respondem por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A juíza da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo, considerou que os três são desempenharam participação de menor importância no homicídio.
“Os três réus denunciados por participação preenchem os requisitos subjetivos para responderem ao feito em liberdade. Não têm qualquer antecedente criminal, possuem emprego e residência fixos. Não representam risco à instrução criminal e nem demonstram risco de se evadirem ao processo, ao menos, não até agora”, afirmou, ao negar os pedidos de prisão preventiva, formulados pela Polícia Civil e Ministério Público.
Já Adriana Alves Dutra, fiscal da loja que acompanhou os seguranças enquanto eles agrediam João, recebeu prisão domiciliar.
Prisão preventiva
Cristiane reconhece que Adriana teve participação direta na morte, pois aparece em imagens acompanhando a contenção e chamando os demais denunciados por rádio. A fiscal também poderia ter agido para interromper as agressões, o que não fez, entende a delegada Roberta Bertoldo, que conduziu a investigação.
Diante disso, a magistrada reconheceu que a prisão temporária deflagrada contra Adriana deve ser convertida em preventiva, sem prazo para terminar.
Porém, diante do quadro de doença nefrológica severa e crônica apresentado pela defesa de Adriana, com laudos e exames, de acordo com a magistrada, a prisão da fiscal foi convertida em domiciliar.
Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, os dois seguranças, seguem presos.