Envenenamento em GO: advogada forjou gravidez de outros 5 ex-namorados
Segundo delegado, a advogada é investigada por fraude, estelionato — por falsa venda de ingressos — e falsidade ideológica
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás revelou que a advogada Amanda Partata, 31, indiciada por envenenar e matar mãe e filho durante um café da manhã em Goiânia (GO), é investigada por outros crimes. De acordo com o delegado, ao menos cinco ex-namorados relataram ter sido ameaçados ou constrangidos mediante uma falsa gravidez.
A maioria dos casos, no entanto, não foi registrada formalmente.
Segundo a corporação, a mulher é investigada por fraude, estelionato — por falsa venda de ingressos — e falsidade ideológica. Este último, foi registrado por um ex-namorado no Rio Janeiro, que alega que a advogada teria fingido uma gravidez para obter vantagens.
“A Amanda tem uma condição boa. A casa onde foi realizada a busca domiciliar é uma casa luxuosa e, mesmo assim, depois do crime, nós passamos a verificar que ela tem registros criminais em outros estados da federação”, disse o delegado responsável pela investigação, Carlos Alfama.
Após a divulgação do caso em Goiânia, a polícia passou a receber informações de outros crimes que teriam sido cometidos por Amanda, sobretudo, relatados por ex-namorados. Em uma conversa, divulgada pela corporação, Amanda chega a afirmar que faria um teste de DNA para confirmar a paternidade do suposto filho. “A gente faz 100 [testes de] DNA se você quiser”, disse.
Há ainda um registro de crime sexual envolvendo menores de idade, datado em maio deste ano, em Goiás. A polícia não deu mais detalhes sobre o caso.
Advogada suspeita de assassinato
Amanda foi indiciada pelo assassinato de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86. Mãe e filho morreram no dia 17 de dezembro, horas depois de tomar um café da manhã com a advogada. O laudo da perícia apontou que as mortes foram causadas por uma substância altamente tóxica introduzida em dois bolos de pote consumidos durante a refeição.
Segundo a Polícia Civil de Goiás, a mulher comprou o veneno pela internet uma semana antes do crime.
A investigação indica que os assassinatos foram motivados pelo sentimento de rejeição da advogada após o fim do relacionamento com o médico Leonardo Pereira Alves Filho, filho de Leonardo Pereira Alves, e pela vontade de causar o “maior sofrimento possível” ao ex-namorado. Ainda segundo a polícia, a mulher forjou uma gravidez para se manter próxima à família do ex.
Amanda está presa desde o dia 20. Ela vai responder pelo duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, e por envenenamento. A advogada ainda foi indiciada pela tentativa de homicídio qualificado do marido de Luzia, que também estava no café.