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STJ manda soltar entregador que pôs fogo em estátua de Borba Gato

Paulo Galo, integrante do grupo Revolução Periférica e Entregadores Antifascistas, está preso há oito dias por participar de protesto

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Paulo Lima, o ativista Paulo Galo
1 de 1 Paulo Lima, o ativista Paulo Galo - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O ativista Paulo Galo, líder dos Entregadores Antifascistas, deve ser liberado da prisão após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferir liminar nesta quinta-feira (5/8).

Paulo Roberto da Silva Leva está preso há oito dias no 2º Distrito Policial (Bom Retiro) após ter confessado participação no ato que incendiou a estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, em 24 de julho. O grupo Revolução Periférica, do qual Galo faz parte, assumiu a autoria do protesto.

O advogado Jacob Filho disse ao Metrópoles que a prisão do ativista tem motivações políticas.

A esposa de Galo, Géssica de Paula Silva Barbosa, também foi presa, mas acabou liberada na sexta (30/7) após pedido de habeas corpus. A defesa alega que Géssica não participou do protesto.

Nos últimos dias, a prisão de Galo gerou comoção nas redes sociais. Personalidades como o rapper Mano Brown, o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o fotógrafo Bob Wolfenson pediram a soltura do entregador.

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Paulo Galo e esposa foram presos temporariamente suspeitos de envolvimento com o incêndio
Géssica de Paula Silva Barbosa, esposa de Paulo Galo, teve a prisão revogada
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Paulo Lima, o Galo, líder dos Entregadores Antifascistas

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Paulo Galo e esposa foram presos temporariamente suspeitos de envolvimento com o incêndio

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Géssica de Paula Silva Barbosa, esposa de Paulo Galo, teve a prisão revogada

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Advogado criticou Justiça

Jacob Filho criticou a decisão da juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que determinou que o casal fosse preso temporariamente.

“Se olharmos o fundamento da autoridade policial, eles dizem que ela reposta nas redes sociais vídeos das ações que o Galo faz. Isso é absurdo, é lamentável. É ditadura, isso é ditadura togada”, disse.

O mandado de prisão temporária contra um acusado só é permitido no caso de associação criminosa, aponta Jacob Filho. Ou seja, a Justiça avaliou que as pessoas que queimaram o Borba Gato tinham vínculo. Mas ele discorda.

“Que associação criminosa é essa? Havia pessoas ali que ele sequer conhecia. A pessoa para se associar tem que ter no mínimo uma relação próxima. A Justiça claramente usou uma manobra jurídica para conseguir o seu intento: a prisão de Galo.”

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