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Entidades criticam demissão de gerentes da Caixa: “Retaliação injusta”

Para as entidades, a atuação dos gerentes da Caixa Econômica Federal que vetaram operação de R$ 500 milhões foi “exemplar”

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Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto colorida de Prédio da Caixa Econômica Federal, em Brasília concurso - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Prédio da Caixa Econômica Federal, em Brasília concurso - Metrópoles - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Entidades criticaram, na sexta-feira (12/7), a demissão de três gerentes da Caixa Econômica Federal que se opuserem à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. Os funcionários consideraram a ação arriscada demais para os padrões do banco. Em nota, elas afirmaram que a medida da Caixa trata-se de uma “retaliação injusta”.

Os gerentes foram destituídos na última segunda-feira (8/7), mas o caso só veio à tona nesta sexta-feira. Para as entidades, a atuação dos gerentes gerentes da Caixa Asset, subsidiária responsável pela gestão de ativos do banco, foi exemplar.

“A destituição desses empregados parece ser uma retaliação injusta, que demanda uma apuração rigorosa e imediata por parte da Caixa. Ressaltamos que a atuação dos empregados da Caixa foi exemplar, demonstrando compromisso com a integridade e segurança do banco e cuidado com os recursos públicos. No entanto, estamos preocupados com possíveis ingerências e direcionamentos para negócios escusos, que devem ser investigados com seriedade”, destaca trecho de pronunciamento das entidades.

A nota contém as assinaturas da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcefs).

No texto, as entidades dizem estar preocupadas diante da demissão de três gerentes da Caixa Asset.

Segundo elas, a transação envolvia a compra de letras financeiras do Banco Master “sem as devidas garantias”. “Os gerentes consideraram a operação imprudente e alertaram para o alto risco de insolvência”, disseram.

Ainda de acordo com o comunicado, os funcionários teriam detalhado, por meio de uma pesquisa reputacional dos executivos do Banco Master, uma série de processos do banco na Comissão de Valores Mobiliários por envolvimento em crimes financeiros.

Entidades querem convocar diretor de subsidiária da Caixa

A Fenae, Contraf e Apcefs informaram que a conselheira eleita do Conselho Administrativo da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, tomará providências para que o diretor-presidente da Asset seja convocado a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.

“É importante destacar que o incidente ocorreu em uma empresa subsidiária da Caixa, levantando preocupações sobre os riscos associados ao fatiamento do banco e a criação de subsidiárias”, pontuaram.

“As entidades reafirmam que não desejam ver a Caixa envolvida em escândalos, como os que marcaram o passado recente, com casos de assédio moral e sexual praticados pelos mais altos cargos do banco. Nosso compromisso é com uma Caixa Econômica Federal íntegra, totalmente pública e presente no desenvolvimento social e no impulsionamento da economia do país”, finalizou.

Outro lado

A Caixa Asset informou, em nota, que “as operações em negociação são sigilosas e ocorrem de acordo com a estratégia da empresa”. A companhia não esclareceu se pretende manter a operação de compra de R$ 500 milhões em letra financeira do Banco Master, apesar do parecer contrário da área técnica, nem informou de quem foi a iniciativa de fazer a operação.

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