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Entidade ligada à agricultura prevê aumento de preços dos alimentos em 2021

Unicopas crê que pandemia, mudanças climáticas e alta do dólar vão influenciar subida dos valores de alguns insumos

atualizado

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A União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas) prevê um ano de 2021 difícil para a produção agrícola no Brasil. Segundo a entidade, deve acontecer um grande aumento de preços em função de fatores como a pandemia de coronavírus e a alta do dólar.

“Todas as informações que constam dos organismos internacionais e nacionais indicam que, após a Covid-19, teremos uma nova pandemia: a da falta de comida”, aponta Francisco Dal Chiavon, presidente da Unicopas. Esse cenário levou movimentos sociais a articularem o Projeto de Lei nº 735, nomeado Lei Assis de Carvalho, que busca a liberação de recursos orçamentários direcionados à agricultura familiar para a produção de alimentos.

Conforme elencado por Dal Chiavon, além da pandemia, a seca impactou a produção de alimentos na região Sul e a alta do dólar gerou uma reação de mercado para venda maior para exportação, como o milho. “Os produtores rurais que produzem leite estão utilizando trigo, que é mais barato, como substituto do milho na ração. Isso significa que em 2021 haverá menos trigo para farinha e teremos que importá-lo, o que vai causar um aumento no preço do pão, com um agravante: 15 milhões de desempregados”, avalia.

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Preço dos grãos deve aumentar
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Francisco Dal Chiavon

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Preço dos grãos deve aumentar

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Seminário Virtual para agricultores familiares

Um seminário virtual organizado pela Unicopas nesta terça-feira (15/12), às 9h, irá discutir o assunto. É possível acompanhar pela página do Facebook e do YouTube da entidade.

O encontro vai abordar questões sobre cenário alimentar brasileiro e reúne nomes como Ana Célia, agricultora agroecológica quilombola e integrante da rede de mulheres negra do baixo Sul da Bahia; Dirlete Dellazeri, militante do MST e dirigente da COPRAN; João Daniel, deputado federal (PT-SE) e coordenador do Núcleo Agrário do PT e Eugênio Peixoto, secretário executivo do Fórum dos Gestores e Gestoras da Agricultura Familiar do Nordeste.

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