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Entenda o que significa o Guaíba recuar à cota de alerta após 1 mês

O Guaíba, em Porto Alegre, atingiu pela primeira vez, desde o ínicio das enchentes, nível abaixo da cota de alerta, de 3,15 metros

atualizado

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Ramiro Sanchez/Getty Images
Vista aérea do centro de Porto Alegre após inundação do rio Guaíba no Brasil - Metrópoles
1 de 1 Vista aérea do centro de Porto Alegre após inundação do rio Guaíba no Brasil - Metrópoles - Foto: Ramiro Sanchez/Getty Images

Porto Alegre respira um pouco mais aliviada. O Guaíba finalmente registrou níveis d’água abaixo da cota de alerta de 3,15 metros, após mais de um mês enfrentando patamares maiores do que a da cota de inundação (3,6 m). Às 6h desta sexta-feira (7/6), o rio chegou a 3,14 m, mesma medição das 7h.

O marco representa mais tranquilidade para a população da capital gaúcha, que, desde o início de maio, lida com enchentes devastadoras que atingiram mais de 157 mil pessoas só em Porto Alegre.

De acordo com o hidrólogo Fernando Fan, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), quando o Guaíba atinge a cota de inundação, indica que a cheia acabou. A cota de alerta, por outro lado, representa o fim da “preocupação” com inundações na região central de Porto Alegre.

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“A cota de alerta é uma cota de preocupação. Ela inunda poucos locais, mas é um aviso para fechar as comportas e preparar planos de evacuação. Abaixo dessa cota, podemos abrir as comportas e desmontar os sistemas de proteção”, explica Fan, em entrevista ao Metrópoles.

“O que muda é que podemos ficar tranquilos agora. Dá para dizer que a enchente acabou. Especialmente porque não há previsão de muita chuva na bacia hidrográfica do rio Guaíba nos próximos 10 dias”, complementa Walter Collischonn, também hidrólogo da Ufrgs.

Os bairros centrais de Porto Alegre, incluindo Auxiliadora, Azenha, Bela Vista, Bom Fim, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Floresta, Independência, Jardim Botânico, Menino Deus, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Petrópolis, Praia de Belas, Rio Branco, Santa Cecília e Santana estão entre os beneficiados pela redução no nível do Guaíba.

Tendência de recuo do Guaíba

O governo do Rio Grande do Sul confirma a tendência de recuo contínuo dos níveis do Guaíba, com previsão de estabilização abaixo da cota de alerta na estação de medição Usina do Gasômetro pelos próximos 10 dias.

Pequenas oscilações são esperadas devido à ação dos ventos, especialmente na próxima segunda-feira (10/6), mas a expectativa é de que o nível se mantenha seguro.

O mais alto pico do Guaíba já registrado foi de 5,33 metros em 5 de maio, seguido por um segundo, de 5,24 metros, no dia 14 do mesmo mês. Desde 25 de maio, os níveis têm diminuído gradualmente, com queda significativa observada no último dia 31, quando o nível caiu para 3,43 metros.

Enchentes no Rio Grande do Sul

As enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em uma tragédia sem precedentes. O último balanço da Defesa Civil, divulgado na quarta-feira (5/6), relatou 172 mortes, 806 feridos e 41 desaparecidos.

Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas, com 572 mil desalojadas e 30 mil abrigadas. Dos 497 municípios do estado, 476 foram atingidos pelas inundações.

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