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Entenda o que levou ao duplo homicídio de Dom Phillips e Bruno Pereira

Conclusão do inquérito confirma investigação dos últimos dois anos, quando pelo menos nove foram indiciados por envolvimento no crime

atualizado

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Foto colorida de manifestação sobre Dom e Bruno - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de manifestação sobre Dom e Bruno - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Funai

A conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips confirma a linha da investigação de que o crime foi cometido por uma organização que explora pesca ilegal e caça predatória na região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte (AM).

Nos últimos dois anos, pelo menos nove pessoas foram indiciadas pela PF por envolvimento com o duplo homicídio.

O principal indiciado, apontado como mandante e autor intelectual do crime, é Rubens Dario, de apelido “Colômbia”. Ele era líder e financiador de uma associação criminosa armada dedicada à prática de pesca ilegal. O produto era exportado para países vizinhos. “Colômbia” está preso desde dezembro de 2022.

Bruno Pereira era servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e, segundo o inquérito da PF, estava atrapalhando os negócios da organização criminosa, por causa do seu trabalho de fiscalização. Dom acabou sendo morto como queima de arquivo, para não haver testemunha do crime.

Dom e Bruno foram assassinados em junho de 2022. Bruno servia de guia do jornalista, que escrevia um livro sobre a Amazônia.

Indiciados

Entre os indiciados pela PF nos últimos anos, está Edivaldo da Costa, o “Pelado”, apontado como a pessoa que emprestou a espingarda utilizada para matar as vítimas. Ele teria atuado na ocultação dos corpos.

Também foram indiciados por ocultação de cadáver Eliclei Costa, Amarildo de Freitas e Otávio da Costa.

Dois ocupantes da cúpula da Funai no governo Bolsonaro chegaram a ser indiciados por omissão, mas ambos recorreram e o Judiciário determinou a interrupção desta parte da investigação.

A PF divulgou nesta segunda-feira (4/11) que o inquérito foi concluído, cerca de dois meses após a troca de delegado que chefiava a investigação. Matéria do Metrópoles de março mostrou que o inquérito avançava para o braço político do grupo ligado à pesca ilegal, acusado de matar o indigenista e o jornalista.

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