metropoles.com

Entenda o que acontecerá se governo não cumprir meta de inflação

Governo Lula publicou nesta quarta-feira (26/6) decreto mudando a sistemática da meta de inflação, de ano-calendário para contínua

atualizado

Compartilhar notícia

Felipe Menezes/Metrópoles
supermercado inflação mercado
1 de 1 supermercado inflação mercado - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Conforme o decreto publicado nesta quarta-feira (26/6), o governo federal vai adotar uma nova sistemática para a meta de inflação a partir de 2025. Isso significa que, depois de 1º de janeiro de 2025, o governo passará a utilizar esse modelo como diretriz para perseguir a meta da inflação no país.

No modelo atual (ano-calendário), a verificação sobre o cumprimento ou não da meta é feita no fim de dezembro de cada ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a meta contínua, em vez da variação de janeiro a dezembro, será trabalhado um horizonte de 12 meses, de índice de preços de ampla divulgação, apuradas mês a mês.

Será considerado que a meta foi descumprida quando a inflação, medida pela variação acumulada em 12 meses do índice de preços, desviar-se por seis meses consecutivos da faixa do respectivo intervalo de tolerância.

O que ocorrerá se houver descumprimento

Segundo o novo regramento, sempre que ocorrer o descumprimento da meta, o Banco Central (BC) deverá divulgar nota no Relatório de Política Monetária e carta aberta ao ministro da Fazenda contendo:

  • a descrição detalhada das causas do descumprimento da meta;
  • as medidas necessárias para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos; e
  • o prazo esperado para que as medidas produzam efeito.

Caso a inflação não retorne ao intervalo de tolerância da meta no prazo estipulado na nota e na carta, o Banco Central do Brasil deverá divulgar nova nota e carta.

Novos documentos também deverão ser publicados se a autoridade monetária considerar necessário atualizar as medidas ou o prazo esperado para o retorno da inflação ao intervalo de tolerância da meta fixado.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) poderá estabelecer mecanismos adicionais de prestação de contas pelo Banco Central do Brasil sobre a condução da política monetária na nova sistemática de meta para a inflação.

CMN segue definindo meta e intervalo de tolerância

A meta e o respectivo intervalo de tolerância seguirão sendo fixados pelo Conselho Monetário Nacional, mediante proposta do ministro da Fazenda. Tanto a meta quanto o intervalo poderão ser alterados, mas apenas se isso for proposto com uma antecedência mínima de 36 meses (três anos) para o início de sua aplicação.

O índice de preços a ser adotado — hoje o IPCA — também será escolhido pelo Conselho Monetário Nacional

O CMN é formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, que o preside, e do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?